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Polícia Civil fecha fábrica clandestina de bebidas em SP após mortes por intoxicação com metanol

Ação em Americana apreendeu 17,7 mil itens usados na falsificação de bebidas alcoólicas; cinco pessoas já morreram por intoxicação no estado de São Paulo

Por Karol Peralta

A Polícia Civil de São Paulo fechou nesta terça-feira (30) uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em Americana, no interior do estado, e deteve duas pessoas suspeitas de envolvimento com a falsificação. No local, foram apreendidos cerca de 17,7 mil itens usados na adulteração, como recipientes para armazenamento, transporte e garrafas vazias.

Segundo as investigações, na chácara localizada na zona rural eram produzidos uísque, gim e vodca falsificados. Apesar da gravidade do esquema, os policiais não encontraram metanol no local.

“A gente estava investigando esse endereço há mais de um mês. Hoje, durante o cumprimento dos mandados, encontramos essa fábrica clandestina, que era muito bem estruturada e abastecia não só o comércio local, mas também a capital paulista”, afirmou o delegado Wagner Carrasco, responsável pela operação.

As duas pessoas presas vão responder por crimes contra a propriedade material, contra a saúde pública e contra a relação de consumo.

Outras apreensões no estado

A operação em Americana faz parte de uma ação mais ampla contra a falsificação de bebidas. Na capital paulista, a Polícia Civil apreendeu mais de 800 garrafas suspeitas de adulteração em fiscalizações realizadas nos dias 29 e 30. Os produtos foram encaminhados para análise no Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica.

Em Mogi das Cruzes (SP), os policiais também encontraram 80 garrafas adulteradas em uma adega. Os proprietários do estabelecimento estão sob investigação.

Mortes por intoxicação com metanol

O caso ganhou ainda mais urgência após a Secretaria Estadual de Saúde confirmar que cinco pessoas morreram no estado de São Paulo devido a sete casos de intoxicação por metanol. Outros 15 casos suspeitos estão em investigação.

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica de extrema gravidade. Isso porque, quando metabolizado pelo organismo, o metanol se transforma em substâncias tóxicas, como formaldeído e ácido fórmico, capazes de causar cegueira, falência de órgãos e até a morte.

Sintomas e orientações médicas

De acordo com especialistas, os principais sintomas da intoxicação por metanol incluem:

  • visão turva ou perda de visão (podendo evoluir para cegueira),
  • náuseas e vômitos,
  • dores abdominais,
  • sudorese e mal-estar generalizado.

Em caso de suspeita, a recomendação é buscar imediatamente atendimento médico de urgência e acionar os serviços especializados de intoxicação:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
  • Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) de cada cidade
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – atendimento nacional

Também é importante orientar outras pessoas que tenham consumido a mesma bebida adulterada a procurar assistência médica o quanto antes. O tempo de resposta é crucial: quanto maior a demora no atendimento, maiores os riscos de sequelas graves ou morte.

Risco à saúde pública

As autoridades reforçam que o consumo de bebidas adulteradas representa uma grave ameaça à saúde pública. A combinação entre falsificação, ausência de fiscalização e uso de substâncias tóxicas coloca em risco não apenas consumidores, mas toda a cadeia de comércio de bebidas no estado.

O governo de São Paulo afirmou que está reforçando as operações de fiscalização para coibir a produção clandestina e retirar do mercado produtos adulterados.

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