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Decreto estabelece regras para carros mais sustentáveis e seguros a partir de 2025 no Brasil

Nova regulamentação do Programa Mover define metas de eficiência energética, reciclabilidade e segurança para veículos vendidos no país a partir de junho de 2025

Por Karol Peralta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta terça-feira (15), o decreto que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). A norma estabelece uma série de marcos regulatórios obrigatórios para a indústria automotiva nacional e internacional a partir de junho de 2025, com foco em eficiência energética, reciclabilidade e segurança dos veículos comercializados no Brasil.

A iniciativa integra a Nova Indústria Brasil e busca alinhar o setor automotivo às melhores práticas internacionais de sustentabilidade e inovação. Além disso, estimula a rotulagem veicular obrigatória e transparente, informando ao consumidor sobre o desempenho ambiental dos veículos.

Sustentabilidade com inovação

Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, o decreto representa um avanço estratégico rumo à modernização da indústria automotiva. “Estamos impulsionando inovação com sustentabilidade. Isso significa carros mais eficientes, mais seguros e geração de empregos qualificados”, afirmou.

Desde o lançamento do Mover, em junho de 2024, o setor já anunciou R$ 130 bilhões em investimentos, incluindo ampliação de fábricas e desenvolvimento de novas tecnologias limpas.

Eficiência energética e corte de CO2

A nova regulamentação estabelece metas concretas para reduzir o consumo de energia e as emissões de dióxido de carbono. Entre os compromissos:

  • Ciclo “tanque à roda”: redução média de 12% no consumo energético até 2027, em comparação com os veículos de 2022.
  • Ciclo “poço à roda”: redução de até 50% nas emissões de CO₂ até 2030, em relação a 2011.

As metas são válidas para veículos leves e pesados, com base em normas técnicas nacionais e internacionais.

Reciclabilidade obrigatória

Outro ponto-chave do decreto são as exigências progressivas de reciclabilidade dos materiais usados na fabricação de veículos:

  • A partir de 2027, veículos da categoria M1 (passageiros) deverão conter pelo menos 80% de materiais recicláveis, e 85% para novos projetos.
  • Para veículos leves de carga (N1), o índice sobe para 85% e 95%, respectivamente.
  • A partir de 2030, essas metas serão obrigatórias para todos os modelos produzidos.

As montadoras também poderão compensar parcialmente suas metas com aquisição de sucatas veiculares, incentivando a economia circular.

Segurança veicular reforçada

O decreto também prioriza a segurança veicular e dos pedestres. Entre os itens obrigatórios:

  • Sistema de frenagem automática de emergência
  • Controle de estabilidade
  • Alerta de mudança de faixa
  • Monitoramento de fadiga do condutor

Essas tecnologias serão avaliadas por meio do Índice de Desempenho Estrutural e Tecnologias Assistivas (InTec), com metas crescentes até 2031.

Rotulagem veicular e transparência

Todos os veículos comercializados deverão possuir etiquetas que informem sobre desempenho energético, segurança e sustentabilidade. A rotulagem será obrigatória e abrangente, com normas definidas pelo Inmetro e pela Senatran. O objetivo é ampliar a transparência para o consumidor e incentivar escolhas mais sustentáveis.

Fiscalização e punições

As fabricantes e importadoras deverão apresentar relatórios periódicos auditados pelo MDIC para comprovar o cumprimento das metas. O não cumprimento poderá resultar em multas ou até cancelamento do registro de compromissos ambientais.

O Programa Mover foi desenvolvido em parceria com os ministérios da Fazenda, Meio Ambiente, Minas e Energia e Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele também prevê o IPI Verde, sistema que reduz impostos de veículos menos poluentes e penaliza os mais poluentes.

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