Zelensky afirma estar pronto para renunciar após fim da guerra com a Rússia

Presidente da Ucrânia garante que prioriza o fim do conflito e pede cessar-fogo antes de novas eleições, mantendo alto nível de confiança pública

Por Karol Peralta

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou em entrevista publicada nesta quinta-feira (25) que estaria disposto a renunciar ao cargo após o término da guerra com a Rússia.

“Se terminarmos a guerra com os russos, sim, estou pronto para não ir (às eleições), porque não é meu objetivo, eleições. Eu queria muito, em um período tão difícil, estar com meu país, ajudar meu país. Meu objetivo é acabar com a guerra”, disse Zelensky ao site Axios em entrevista por vídeo.

O líder ucraniano afirmou ainda que pedirá ao parlamento do país que organize eleições caso um cessar-fogo seja alcançado.

Confiança pública em meio à guerra

A eleição presidencial prevista para 2024 foi suspensa devido à lei marcial, imposta após a invasão em larga escala da Rússia em fevereiro de 2022. Zelensky, ex-comediante eleito em 2019, manteve alto nível de confiança pública mesmo durante mais de três anos de conflito.

Segundo pesquisa do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, realizada no início de setembro, cerca de 59% dos ucranianos confiam em Zelensky, enquanto 34% disseram não confiar. A postura do presidente inclui mensagens diárias nas redes sociais, visitas a soldados na linha de frente e diplomacia internacional, fortalecendo sua imagem perante a população.

Ucrânia busca armas de longo alcance

Durante visita recente aos Estados Unidos, Zelensky participou da Assembleia Geral da ONU e se encontrou com o presidente americano Donald Trump, afirmando que a Ucrânia busca novas armas de longo alcance para reforçar sua defesa.

Ele fez declarações provocativas em relação à Rússia, afirmando que Moscou deveria saber a localização dos abrigos antiaéreos caso se recusasse a encerrar o conflito.

O ex-presidente russo Dmitry Medvedev, atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, respondeu à provocação, alertando que a Rússia poderia usar armas contra as quais abrigos antiaéreos não protegem.

Conflito e operações militares

A Rússia mantém ataques regulares contra a Ucrânia, envolvendo centenas de drones e mísseis, enquanto o país ucraniano realiza ataques com drones de longo alcance visando alvos militares e infraestrutura energética, embora em menor escala.

A postura de Zelensky reforça a estratégia ucraniana de manter pressão diplomática e militar enquanto busca negociações que possam levar a um cessar-fogo duradouro, colocando o fim da guerra como prioridade sobre a continuidade de seu mandato.

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