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Vendas no comércio caem 0,4% em abril e interrompem sequência de três meses de alta, diz IBGE

Após três meses de crescimento, setor varejista registra leve retração em abril; dados do IBGE indicam impacto de fatores econômicos e sazonais

Por Karol Peralta

As vendas do comércio varejista brasileiro registraram queda de 0,4% em abril de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado negativo interrompe uma sequência de três meses consecutivos de crescimento, sinalizando um possível freio no ritmo do consumo das famílias brasileiras.

Apesar da retração ser considerada leve, o dado é significativo porque vem após um primeiro trimestre marcado por avanços, com variações positivas acumuladas em janeiro (+1,2%), fevereiro (+0,8%) e março (+0,5%). Com o desempenho de abril, o setor ainda acumula alta de 1,9% no ano e crescimento de 3,2% nos últimos 12 meses.

📊 Fatores econômicos e sazonais influenciam desempenho

Especialistas apontam que o resultado de abril pode ter sido influenciado por uma combinação de fatores, como:

  • Pressão inflacionária sobre produtos de consumo básico
  • Desaceleração de estímulos ao crédito
  • Fim de programas sazonais de incentivo ao consumo
  • Alta de juros que ainda impacta decisões de compra a prazo

Além disso, o mês de abril não contou com datas fortes do varejo, como o Dia das Mães (em maio), o que pode ter reduzido o movimento nas lojas físicas e online.

🛍️ Setores com pior e melhor desempenho

A pesquisa do IBGE também revela que oito das dez atividades pesquisadas apresentaram variação negativa em abril. Os principais recuos ocorreram nos seguintes segmentos:

  • Tecidos, vestuário e calçados
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação
  • Livros, jornais, revistas e papelaria

Em contrapartida, setores como supermercados, produtos alimentícios e bebidas registraram estabilidade ou leve alta, sustentando parte do desempenho geral.

📈 Comércio ampliado também recua

No chamado comércio varejista ampliado — que inclui veículos, motos, partes e peças, além de material de construção — a queda foi ainda maior: 1,1% em abril. O segmento de veículos teve forte impacto, refletindo a redução no volume de financiamentos e o aumento do custo de manutenção.

📉 Queda no comércio é reflexo do cenário econômico

A retração de abril é vista como reflexo do cenário econômico atual, que ainda enfrenta desafios como:

  • Inflação persistente em alguns setores
  • Desemprego elevado em determinadas regiões
  • Endividamento das famílias em níveis recordes
  • Cautela do consumidor diante de incertezas políticas e fiscais

Apesar disso, analistas mantêm projeções otimistas para o segundo semestre, especialmente com a expectativa de redução gradual da taxa Selic e o efeito positivo de datas comerciais como Dia dos Pais, Black Friday e Natal.

🔮 Perspectivas para os próximos meses

Segundo o IBGE, será fundamental observar os próximos resultados para entender se abril representou uma oscilação pontual ou o início de uma tendência de desaceleração mais ampla.

Para o comércio, o segundo trimestre será decisivo para avaliar o comportamento do consumidor e o impacto de medidas econômicas em andamento.

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