Vendas de alumínio no Brasil crescem 2,9% no 1º semestre de 2025, impulsionadas por eletricidade, embalagens e transportes

Indústria brasileira de alumínio registra aumento nas vendas internas e destaca resiliência diante de desafios internacionais

Por Karol Peralta

As vendas de produtos de alumínio totalizaram 1.040,9 mil toneladas no primeiro semestre de 2025, representando uma alta de 2,9% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).

O desempenho positivo foi puxado principalmente pelas vendas internas, que somaram 947,9 mil toneladas, com aumento de 4,6%. Já as exportações registraram queda de 11%, totalizando 93 mil toneladas.

Segundo a presidente-executiva da ABAL, Janaina Donas, o crescimento demonstra a resiliência da indústria brasileira, mesmo diante de um cenário global desafiador.

“Os números confirmam a resiliência da indústria brasileira do alumínio, mesmo em um cenário global marcado por desafios como o tarifaço e a desaceleração da economia mundial. Ainda assim, é importante destacar que já observamos sinais de arrefecimento na demanda, o que reforça a necessidade de mantermos atenção redobrada ao contexto internacional e às políticas comerciais que impactam diretamente nossa competitividade”, afirmou.

Em agosto, os Estados Unidos aliviaram parte das sanções sobre produtos brasileiros que levam alumínio, aço ou cobre, beneficiando pouco mais de 6% das exportações que eram sobretaxadas. A medida também unificou tarifas para o mercado global, oferecendo maior previsibilidade para as exportações brasileiras.

Setores que puxam o crescimento

Entre os segmentos com maior crescimento no primeiro semestre, destacam-se:

  • Eletricidade: aumento de 18%, impulsionado pela alta demanda por cabos elétricos para transmissão e distribuição de energia;
  • Embalagens: alta de 7%;
  • Transportes: crescimento de 2,4%, motivado principalmente pela venda de implementos para caminhões.

O desempenho da indústria de alumínio demonstra o equilíbrio entre crescimento interno e desafios internacionais, consolidando o setor como um pilar estratégico para a economia brasileira e reforçando a necessidade de atenção às políticas comerciais e tendências globais.

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