
Com investimento de R$ 3 bilhões em infraestrutura no Rio Grande do Sul, Governo Federal acelera reconstrução de pontes e estradas após maior desastre climático da história.
Por Karol Peralta
O dia 12 de maio de 2024 está marcado na memória dos gaúchos como o início do maior desastre climático da história do Brasil. As chuvas torrenciais atingiram 478 municípios do Rio Grande do Sul, resultando em destruição de infraestruturas, isolamento de comunidades e prejuízos bilionários. Um ano depois, a resposta do Governo Federal se traduz em reconstrução, agilidade e esperança.
A engenheira agrônoma Juceli Regina Boschetti, moradora próxima à ponte sobre o Rio Caí, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, lembra com clareza o momento em que percebeu a estrutura comprometida. “Notei que a ponte estava diferente. Acionei as autoridades e ajudei a bloquear o local. Poderia ter sido uma tragédia ainda maior”, recorda.
Naquela noite, Juceli foi uma das muitas testemunhas do colapso da infraestrutura viária do estado, com 145 estruturas interditadas. Os impactos foram devastadores: escassez de combustível, água e medicamentos, além de milhares de famílias isoladas.
🚧 Reconstrução em tempo recorde
A resposta do Governo Federal foi rápida. Em 14 de maio, apenas dois dias após o colapso, o ministro dos Transportes, Renan Filho, visitou a comunidade de Juceli e prometeu: a ponte seria reconstruída em até seis meses. A promessa foi superada — em apenas quatro meses, a nova ponte estava concluída e em funcionamento.
Essa eficiência foi possível graças ao trabalho coordenado do Ministério dos Transportes com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que atuou com urgência em diversas frentes. “Em um mês, conseguimos restabelecer o tráfego em todas as estradas federais afetadas”, destacou o ministro Renan Filho.
Corredores humanitários foram abertos para garantir o acesso a áreas críticas, e soluções provisórias com elevações de vias permitiram o trânsito de veículos mesmo em regiões alagadas. As ações emergenciais deram lugar a obras definitivas, com foco na segurança e durabilidade das estruturas.
💰 Investimento histórico: R$ 3 bilhões no estado
Em 2024, o Ministério dos Transportes destinou R$ 3 bilhões ao Rio Grande do Sul — seis vezes mais do que os investimentos feitos em 2022, último ano do governo anterior. Os recursos foram aplicados na reconstrução de pontes, recapeamento de estradas e revitalização de trechos críticos.
Um dos exemplos mais emblemáticos é o Complexo Viário da Scharlau, em São Leopoldo, na BR-116/RS. Com investimento de R$ 80 milhões, a estrutura foi totalmente reerguida e hoje beneficia cerca de 140 mil motoristas diariamente.
Para o artista plástico Paulo Schaefer, morador da região, a reabertura do trecho foi um alívio. “É como desobstruir uma veia que trancava o coração das cidades”, descreveu.
🤝 União que gera resultados
Segundo Hiratan Pinheiro da Silva, superintendente do DNIT no estado, a reconstrução foi marcada por aprendizados e cooperação. “Formamos conexões de longo prazo entre técnicos, engenheiros e a população. Reconstruímos mais do que vias: reconstruímos confiança.”
Mais de 870 mil pessoas foram diretamente beneficiadas pelas obras que devolveram mobilidade ao estado. Para além dos números, o que se vê é o retorno da dignidade, da rotina e da capacidade de seguir em frente.
🇧🇷 Compromisso com a reconstrução e a vida
O desastre climático de 2024 expôs vulnerabilidades, mas também revelou a força de um povo e o compromisso de um governo. A reestruturação da malha viária gaúcha mostra que, com planejamento e vontade política, é possível transformar tragédia em reconstrução — e reconstrução em futuro.