Com o tetracampeonato rubro-negro, Brasil chega a 25 títulos continentais e empata com a Argentina no topo das nações mais vitoriosas da Libertadores.

Por Karol Peralta
A conquista do título da Libertadores pelo Flamengo, neste sábado (29), no Estádio Monumental de U, em Lima (Peru), recolocou o Brasil no topo do ranking histórico da competição ao lado da Argentina. Com o tetracampeonato rubro-negro, o País chegou a 25 títulos, igualando a marca dos argentinos após 61 anos.
O triunfo rubro-negro sobre o Palmeiras encerra um jejum simbólico: desde 1963, quando o Santos de Pelé conquistou sua segunda Libertadores, o Brasil não alcançava a liderança entre os países com mais taças do torneio. Naquele ano, a equipe santista empatou o Brasil com o Uruguai, que vinha de duas conquistas do Peñarol.
A partir de 1964, porém, a Argentina iniciou uma sequência dominante. Com o bicampeonato do Independiente e, depois, o tetra do Estudiantes no final da década de 1960, os argentinos assumiram a ponta e a ampliaram ao longo dos anos 1970. Já o Uruguai voltou a liderar brevemente em 1966, mas acabou ultrapassado novamente.
Nos últimos anos, contudo, a história mudou. Entre 2019 e 2025, clubes brasileiros venceram sete edições consecutivas da Libertadores, recorde absoluto e responsável por reduzir a diferença que a Argentina construiu ao longo de décadas. O novo título do Flamengo consolidou essa retomada.
Apesar do empate entre os países, os maiores campeões continuam sendo argentinos. O Independiente, com sete taças, segue isolado na liderança, seguido pelo Boca Juniors, com seis, e pelo uruguaio Peñarol, com cinco. Com o título deste sábado, o Flamengo chegou ao grupo dos tetracampeões, ao lado de Estudiantes e River Plate.
Quando o critério é quantidade de clubes diferentes que já ergueram a taça, o Brasil lidera com folga. São 12 equipes brasileiras campeãs, enquanto a Argentina soma oito. Países como Peru, Bolívia e Venezuela nunca venceram a competição — com os peruanos sendo os únicos a disputar finais, em 1972 e 1997.
Nas estatísticas por cidades, Buenos Aires mantém o posto de mais laureada, com 13 conquistas distribuídas entre Boca, River, Argentinos Juniors, San Lorenzo e Vélez. A também argentina Avellaneda aparece em segundo, com oito troféus. Já o tetracampeonato do Flamengo fez o Rio de Janeiro se igualar a São Paulo, ambas com sete títulos continentais.
Com a vitória em Lima, o Flamengo se torna novamente protagonista da história da Libertadores, impulsionando o Brasil a um patamar que não ocupava há seis décadas e reforçando o peso recente do futebol brasileiro no cenário sul-americano.





