
Durante ato em apoio aos reféns israelenses em Gaza, homem lança coquetéis molotov contra grupo judaico no Colorado; idosa que sobreviveu ao Holocausto está entre os feridos.
Por Karol Peralta
Uma sobrevivente do Holocausto está entre as vítimas de um ataque violento ocorrido no último domingo (1º), em Boulder, no estado do Colorado, Estados Unidos. O atentado aconteceu durante uma manifestação pacífica organizada por membros da comunidade judaica em apoio aos reféns israelenses mantidos em Gaza.
Segundo informações divulgadas pelo FBI e pela polícia local, um homem atacou o grupo utilizando um lança-chamas e coquetéis molotov, ferindo oito pessoas com idades entre 52 e 88 anos. Uma das vítimas, conforme relatado pela emissora CNN, é uma mulher idosa que sobreviveu ao Holocausto nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
O chefe de polícia de Boulder, Stephen Redfearn, afirmou que uma das vítimas encontra-se em estado grave. A investigação preliminar sugere que o crime pode ter sido motivado por ódio religioso, e o caso está sendo tratado com máxima prioridade pelas autoridades locais e federais.
Chany Scheiner, amiga próxima da sobrevivente e integrante ativa da comunidade judaica, descreveu a vítima como uma “pessoa incrível” e “luz brilhante”.
“Ela sempre falou em sinagogas e escolas sobre o Holocausto. Sua história é de resistência e esperança. Mesmo diante das adversidades, ela mantém um sorriso no rosto e é apaixonada por defender o bem”, declarou Scheiner à afiliada KUSA da CNN.
O ataque surpreendeu moradores e líderes comunitários, especialmente por ocorrer em uma cidade conhecida por seu espírito acolhedor e pacífico.
“Boulder é um lugar lindo. Isso é algo que nunca imaginamos que poderia acontecer aqui. Estamos em choque”, disse Scheiner.
A identidade do suspeito e sua motivação oficial ainda não foram divulgadas. O FBI trabalha em conjunto com autoridades locais para apurar os fatos e garantir segurança à comunidade. O caso reacende alertas sobre o crescimento de atos antissemitas e a violência contra minorias religiosas nos Estados Unidos.
Enquanto a comunidade local se une em vigília e apoio às vítimas, o mundo acompanha com preocupação mais um episódio de intolerância que atravessa fronteiras.