Programa visa valorizar produtos da biodiversidade amazônica com recorte territorial e foco em sustentabilidade, inclusão social e bioeconomia

Por Karol Peralta
O Selo Amazônia, iniciativa do Governo Federal para agregar valor aos produtos oriundos da biodiversidade da região amazônica, avançou mais uma etapa importante em sua implementação. Na última terça-feira (8), foi realizada a primeira reunião do Comitê Gestor, presidida pelo secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg.
Durante o encontro, foram definidos três macrocritérios fundamentais para o funcionamento do programa: recorte de origem dos insumos, recorte territorial de produção e a priorização de produtos-piloto.
Segundo Rollemberg, o Selo Amazônia tem potencial de impulsionar o desenvolvimento sustentável da região, gerando renda e fortalecendo a inclusão social. “Essa é uma política pública que ajudará na promoção de produtos sustentáveis e também beneficiará diretamente as populações locais da Amazônia Legal”, afirmou.
O que foi aprovado:
- Recorte de origem: produtos precisam conter matéria-prima da biodiversidade amazônica como elemento predominante.
- Recorte territorial: manufatura deve ocorrer em um dos nove estados da Amazônia Legal (AC, AM, AP, RR, RO, MT, PA, MA e TO).
- Produtos prioritários: alimentos e bebidas; fármacos, fitoterápicos e nutracêuticos; higiene, perfumaria e cosméticos; bioenergia e biocombustíveis; moda, têxtil e ecodesign.
A previsão é que, a partir de junho de 2025, o Comitê avance para a seleção dos primeiros produtos-piloto que irão estrear o selo no mercado nacional e internacional.
Com a criação do Selo Amazônia, o governo busca fomentar cadeias produtivas sustentáveis e posicionar o Brasil como líder na economia verde e bioeconomia, destacando produtos que preservam o bioma amazônico ao mesmo tempo em que geram valor econômico e social.