Safra de soja 2025/2026 em MS começa com avanço nas pesquisas e desafios nos custos de produção

Com previsão de 4,79 milhões de hectares semeados e produção de 15,2 milhões de toneladas, Fundação MS inicia nova temporada de pesquisas agrícolas para apoiar decisões dos produtores diante do aumento nos custos.

Por Karol Peralta

O início da safra de soja 2025/2026 em Mato Grosso do Sul marca não apenas o retorno das máquinas ao campo, mas também o começo de uma nova etapa de pesquisas conduzidas pela Fundação MS. Com previsão de 4,79 milhões de hectares semeados e produção estimada em 15,2 milhões de toneladas, o estado projeta um crescimento de 5,9% na área cultivada e 8,1% na produção total.

O plantio da soja em Mato Grosso do Sul para a safra 2025/2026 já está em andamento e traz consigo uma combinação de otimismo com a produtividade e preocupação com os custos de produção. De acordo com o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), a produtividade média esperada é de 52,8 sacas por hectare, mantendo o estado entre os principais produtores da oleaginosa no país.

No entanto, os custos seguem como principal desafio para o produtor. Conforme o Siga MS, o investimento com sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas pode ultrapassar R$ 6 mil por hectare em algumas regiões. Esse cenário exige decisões técnicas mais criteriosas e o apoio de pesquisas científicas independentes para reduzir riscos e garantir rentabilidade.

Segundo Daniel Franco, presidente da Fundação MS, a eficiência na escolha dos insumos é fundamental:

“Com custos em níveis elevados, o produtor não pode errar na escolha dos insumos. Cada real investido precisa ser convertido em eficiência no campo. As instituições de pesquisa existem justamente para isso: desenvolver pesquisa com rigor técnico e validar o que de fato entrega resultado.”

Com mais de 24.173 parcelas de pesquisa ativas em 12 unidades de pesquisa espalhadas por municípios como Dourados, Maracaju, Rio Brilhante, Naviraí, Bonito, Sidrolândia, Ponta Porã e São Gabriel do Oeste, a Fundação MS assegura abrangência geográfica e representatividade das condições reais de solo e clima. Essa rede de experimentos permite que os dados gerados sejam precisos, aplicáveis e confiáveis.

O diretor-executivo da Fundação MS, Alex Melotto, explica que a nova safra de pesquisa também é uma oportunidade para as empresas testarem seus produtos:

“Cada produto é submetido a protocolos técnicos e condições reais de campo, garantindo resultados independentes e confiáveis. É uma oportunidade para as empresas imprimirem um selo de credibilidade ao seu portfólio e conquistarem a confiança do produtor rural.”

Com o início da safra, a pesquisa se consolida como um instrumento estratégico para o aumento da eficiência produtiva, redução de riscos e sustentação da competitividade do agronegócio sul-mato-grossense.

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