Rússia reage à “decepção” de Trump e diz monitorar declarações sobre guerra na Ucrânia

Após conversa com Putin, presidente dos EUA afirma não ver intenção russa de encerrar conflito; Kremlin diz acompanhar falas com atenção

Por Karol Peralta

A relação entre Estados Unidos e Rússia voltou ao centro das atenções nesta sexta-feira (4), após o presidente americano, Donald Trump, declarar estar “muito decepcionado” com a conversa que teve com Vladimir Putin na véspera. Segundo Trump, o líder russo não demonstrou disposição em encerrar a guerra na Ucrânia, que já dura mais de dois anos.

“Não tivemos progresso. Não creio que ele esteja interessado em parar o conflito”, disse Trump a jornalistas, após a ligação ocorrida na quinta-feira (3).

A resposta veio do Kremlin nesta manhã, por meio do porta-voz Dmitry Peskov, que afirmou que o governo russo acompanha de perto todas as declarações do presidente Trump. Embora não tenha comentado diretamente as críticas, Peskov destacou que a Rússia mantém sua posição em relação à chamada ‘operação militar especial’ na Ucrânia.

Sem avanço nas negociações

Trump assumiu a presidência dos EUA em janeiro com o discurso de que colocaria fim ao que chamou de “banho de sangue” no Leste Europeu. No entanto, os esforços diplomáticos pouco avançaram desde então. A ligação com Putin era vista como uma tentativa de aproximação, mas o resultado ficou abaixo das expectativas americanas.

Durante a conversa, Putin reiterou que prefere alcançar os objetivos russos na Ucrânia por meios políticos e diplomáticos, mas reforçou que, enquanto isso, as operações militares continuarão. O Kremlin também informou que aguarda a terceira rodada de negociações de paz com a Ucrânia, ainda sem data definida.

Clima de desconfiança

O episódio evidencia o clima de desconfiança entre os dois líderes, apesar de eventuais acenos diplomáticos. Trump, que durante sua campanha prometeu adotar uma postura pragmática com Moscou, tem enfrentado dificuldades em obter resultados concretos, especialmente diante do endurecimento das posições tanto da Rússia quanto da Ucrânia.

Analistas internacionais avaliam que, sem pressão multilateral coordenada, é improvável que o cenário de conflito se modifique nos próximos meses.

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