Ofensiva russa mata pelo menos 18 pessoas, incluindo crianças, em Kiev; Moscou mantém interesse em diálogo diplomático na Ucrânia

Por Karol Peralta
O governo russo afirmou nesta quinta-feira (28) que permanece interessado em prosseguir com as negociações de paz na Ucrânia, mesmo após um grande ataque russo durante a madrugada em Kiev, que resultou em pelo menos 18 mortos, incluindo quatro crianças, segundo autoridades ucranianas.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky classificou o ataque como uma resposta de Moscou aos esforços diplomáticos para encerrar o conflito que já dura mais de dois anos.
Posição do Kremlin
Questionado sobre a aparente contradição entre o desejo declarado da Rússia de avançar nas negociações e a ofensiva militar, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que:
“Os dois lados continuam a se atacar, mas a Rússia ainda está interessada em atingir seus objetivos por meio da diplomacia.”
Peskov reforçou que a Rússia não ataca civis deliberadamente e alegou que a Ucrânia também realiza ataques contra infraestrutura russa, incluindo áreas civis.
O porta-voz acrescentou:
“Os ataques são bem-sucedidos, os alvos estão sendo destruídos e a operação militar especial continua. Ao mesmo tempo, a Rússia continua interessada em continuar o processo de negociação para atingir nossos objetivos por meios políticos e diplomáticos.”
Contexto do ataque
O ataque desta quinta-feira atingiu Kiev durante a madrugada, provocando mortes e ferimentos significativos. O episódio ocorre em um momento de intensa pressão internacional para a retomada de diálogos de paz, enquanto combates e ataques a civis seguem sendo reportados por ambos os lados.
Especialistas em relações internacionais apontam que o incidente complica os esforços diplomáticos, mas não elimina completamente a possibilidade de avanços no diálogo, uma vez que Moscou insiste na prioridade do objetivo político sobre a pura ação militar.
O episódio reforça a complexidade do conflito, marcado por ofensivas militares contínuas, negociações instáveis e elevado custo humanitário, enquanto a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos na Ucrânia e a postura de Moscou em relação à paz.