Preço do tomate cai mais de 26% em novembro e alivia custo da alimentação

Maior oferta nos mercados atacadistas puxou a queda, enquanto alface e cebola registraram alta no mês

Por Karol Peralta

O preço do tomate registrou queda de 26,15% em novembro nos mercados atacadistas brasileiros, segundo o 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (18). A redução já impacta o consumidor final e contribui para aliviar o custo da cesta de alimentos.

De acordo com o levantamento, a maior oferta de tomate nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) foi impulsionada pelas temperaturas mais elevadas, que aceleraram a maturação do produto no campo. Esse aumento da disponibilidade no atacado refletiu diretamente nos preços praticados no varejo, conforme aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pela Conab em parceria com o Dieese.

Além do tomate, a cenoura também apresentou recuo significativo, com queda média de 9,68% em novembro. O maior destaque ocorreu na Ceagesp, em São Paulo, onde os preços caíram 21,15%, mesmo com uma leve redução na oferta da raiz.

A batata ficou 2,37% mais barata no mês. Na comparação anual, a redução é ainda mais expressiva: o preço atual está 51,3% abaixo do registrado em novembro de 2024. O movimento reflete a transição entre o fim da safra de inverno e o início da safra das águas.

Na contramão, alguns produtos apresentaram alta de preços. A alface subiu 3,36%, após um período de quedas, influenciada pela menor oferta nos mercados. Já a cebola teve aumento de 8,79%, variação considerada típica para esta época do ano, marcada pela troca de fornecedores.

Frutas têm preços estáveis, com exceções pontuais

No segmento de frutas, novembro foi marcado por estabilidade nos preços dos principais itens de consumo. A banana, a maçã e a laranja apresentaram pequenas variações negativas de 0,13%, 0,82% e 1,10%, respectivamente.

A leve queda no preço da banana ocorreu mesmo com redução da oferta, causada pela menor produção da variedade nanica no Vale do Ribeira (SP) e da prata no norte de Minas Gerais. A laranja foi impactada pela cautela da indústria em novos contratos, diante da redução da demanda externa. Já a maçã teve queda no início do mês e leve recuperação no fim de novembro, com a diminuição dos estoques da variedade gala.

Por outro lado, o mamão registrou alta de 6,55%, reflexo da menor oferta causada por chuvas e temperaturas mais baixas. A melancia ficou 4,45% mais cara, influenciada por problemas climáticos no sul da Bahia e no centro de São Paulo, que afetaram a qualidade do produto.

Exportações crescem e reforçam desempenho do setor

O boletim da Conab também aponta crescimento nas exportações brasileiras de hortigranjeiros. Entre janeiro e novembro de 2024, o país exportou 1,176 milhão de toneladas, volume 23,22% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

O faturamento chegou a US$ 1,4 bilhão, alta de 9,23%, com destaque para os mercados da Europa e da Ásia. São Paulo (75%) e Minas Gerais (24%) lideraram as exportações, enquanto Uruguai (45%), Argentina (40%) e Países Baixos (5%) foram os principais destinos.

Os dados do Boletim Prohort são levantados em Ceasas de diversas capitais e regiões do país, que concentram grande parte da comercialização de frutas e hortaliças consumidas no Brasil.

Compartilhe esta postagem:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Notícias
Categories

Boletim Diário

Receba as últimas noticias de MS em primeira mão!

contato@mspantanalnews.com.br