Polícia prende faccionado condenado a 120 anos e esclarece homicídios ligados ao tráfico em Campo Grande

Operação da DHPP resulta na prisão de criminoso de alta periculosidade foragido do Acre e avança nas investigações de execuções motivadas por queima de arquivo em Campo Grande

Por Karol Peralta

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), efetuou a prisão de G.R.C., 25 anos, foragido do estado do Acre e condenado a mais de 120 anos de prisão pelos crimes de três homicídios e quatro roubos cometidos entre os anos de 2022 e 2023 em Rio Branco.

A operação foi realizada na manhã de quarta-feira (3), em Campo Grande, no bairro Jardim Noroeste, após troca de informações entre a DHPP e a Delegacia de Homicídios de Rio Branco/AC. O criminoso, apontado como uma das lideranças da facção Bonde dos 13, estava residindo na capital sul-mato-grossense desde 2023, de onde operava ligações com traficantes de drogas e armas no Paraguai.

Segundo a DHPP, a prisão ocorreu no momento em que G.R.C. tentava fugir pelo telhado da casa onde morava. Contra ele, havia sete mandados de prisão expedidos. O detido foi encaminhado a uma unidade prisional em Campo Grande, e a Polícia Civil do Acre já iniciou o processo de recâmbio.

Morte por queima de arquivo

Além da prisão do faccionado, a DHPP também esclareceu o assassinato de Jeferson Fiori da Silva Ferrari, ocorrido em 10 de junho, no bairro Jardim Los Angeles, em Campo Grande. Jeferson foi executado a tiros enquanto estava na via pública. Segundo as investigações, ele teria ameaçado delatar um traficante para quem trabalhava, motivando sua morte.

As investigações apontam que o mandante do crime, um traficante de 30 anos, foi preso na manhã do dia 3 durante cumprimento de mandados de Busca, Apreensão e Prisão Temporária. Durante a ação, os policiais também apreenderam pinos de cocaína e porções de pasta base na residência do suspeito, que foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.

Questionado sobre o homicídio, o suspeito negou envolvimento direto, mas confirmou conhecer o autor dos disparos — um homem identificado apenas pelo apelido de “Macaco”, que está foragido e com mandado de prisão em aberto.

Jeferson, antes de morrer, teria dito o nome do autor dos tiros. Conforme o delegado titular da DHPP, Rodolfo Daltro, o crime tem fortes indícios de ter sido mais uma execução por queima de arquivo.

Elucidação de outros homicídios

Com a prisão do mandante e o avanço das investigações, a DHPP também conseguiu esclarecer pelo menos dois outros homicídios cometidos em Campo Grande nos anos de 2024 e 2025, todos com ligações ao tráfico de drogas e execuções ordenadas por lideranças criminosas.

A Polícia Civil segue com os trabalhos de investigação para localizar o executor foragido e desarticular a célula da facção que atua na região.

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