Operação apreende mais de 7 toneladas de cocaína em alto-mar e leva à prisão dez brasileiros ligados ao esquema
Por Karol Peralta
A Polícia Federal (PF) apura a existência de uma organização criminosa transnacional especializada no tráfico de cocaína para a Europa, utilizando embarcações adquiridas de trabalhadores ligados ao setor pesqueiro de Itajaí (SC). Segundo a Coordenação de Repressão a Drogas e Facções Criminosas, os barcos partem do litoral catarinense e fazem “escala” no Suriname, onde recebem parte da droga antes da travessia oceânica.
As apurações indicam que a cocaína é carregada tanto na costa do Suriname quanto em pontos do Nordeste brasileiro, em uma operação complexa que envolve embarcações menores, como lanchas rápidas, responsáveis por levar a carga até alto-mar. Nessas áreas, as drogas são içadas para pesqueiros, veleiros e até semissubmersíveis, que seguem viagem até portos europeus.
Apreensão de 7 toneladas de cocaína
Na última semana de novembro, as ações de repressão internacional resultaram na prisão de dez brasileiros integrantes do grupo e na apreensão de mais de 7 toneladas de cocaína em alto-mar. A droga estava escondida em dois barcos pesqueiros que partiram do litoral de Santa Catarina e foram interceptados no Oceano Atlântico.
A operação contou com a atuação da Marinha Portuguesa, que abordou as embarcações após o compartilhamento de informações entre a PF — em Brasília e Santa Catarina — e autoridades estrangeiras envolvidas na cooperação internacional.
Investigação segue sob sigilo
Com a prisão de parte da rede, a Polícia Federal acredita que conseguirá avançar na identificação de outros membros da organização criminosa, ampliando o entendimento sobre a estrutura e a dimensão da rota internacional do tráfico. Segundo investigadores ouvidos pela CNN Brasil, as apurações seguem sob sigilo para não comprometer as próximas fases da investigação.
