Investigação teve início em março e revelou que o grupo criminoso cobrava propina de traficantes e faccionados em troca de falsa imunidade em supostas investigações

Por Karol Peralta
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) a Operação Isfet 2, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que se passava por policiais federais para extorquir criminosos, incluindo integrantes de facções e traficantes de drogas com condenações judiciais.
A operação, coordenada pela Superintendência Regional da Polícia Federal em Goiás, é uma continuidade da primeira fase das investigações e busca atingir todos os envolvidos nas diferentes etapas do crime, desde a seleção das vítimas até o momento da abordagem e da extorsão.
As apurações começaram em março deste ano, após denúncias sobre encontros e negociações suspeitas realizadas nas proximidades da sede da Polícia Federal em Goiás. De acordo com as investigações, os criminosos simulavam ser agentes federais, utilizando documentos e insígnias falsas, para exigir dinheiro de outros criminosos, prometendo uma suposta “imunidade” em investigações que, na verdade, nunca existiram.
No total, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária nas cidades de Goiânia, Goianira, Trindade e Campo Grande.
A Operação Isfet 2 representa o desdobramento de uma ofensiva anterior, que já havia identificado parte do grupo envolvido nas ações fraudulentas. A nova fase tem o intuito de desmantelar toda a estrutura criminosa, reunindo provas sobre o esquema e impedindo a continuidade das extorsões.
Os investigados poderão responder por usurpação de função pública, falsidade ideológica, organização criminosa e extorsão. A Polícia Federal continua as diligências para identificar outros possíveis integrantes da quadrilha.




