Estratégia reduz 1,8% do valor previsto no plano anterior e projeta impacto econômico de 311 mil empregos e R$ 1,4 trilhão em tributos

Por Karol Peralta
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou por unanimidade o Plano de Negócios 2026–2030, que prevê investimentos de US$ 109 bilhões, incluindo projetos em implantação e iniciativas ainda em fase de avaliação.
Investimentos mantêm patamar elevado e apontam prioridades da estatal
O novo plano apresenta uma discreta redução de 1,8% em relação ao ciclo 2025–2029, quando a estatal havia projetado US$ 111 bilhões em investimentos. Do montante atual, US$ 91 bilhões serão destinados à Carteira em Implantação, enquanto US$ 18 bilhões compõem a Carteira em Avaliação, formada por projetos com menor maturidade.
Segundo a Petrobras, a estrutura permite ajustes diante das condições de mercado e amplia a capacidade de resposta da empresa frente a mudanças no setor energético.
Impacto econômico: empregos e arrecadação bilionária
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que o volume de investimentos representa 5% do total aplicado na economia brasileira. A estimativa é que o conjunto de projetos gere ou sustente 311 mil empregos diretos e indiretos, além de contribuir com cerca de R$ 1,4 trilhão em tributos para União, estados e municípios nos próximos cinco anos.
A executiva reforçou que a estatal pretende manter sua posição como líder em uma “transição energética justa”, associando expansão produtiva a compromissos de sustentabilidade e segurança energética.
Novo mecanismo de classificação dos investimentos
O plano também introduz uma nova estrutura para a Carteira em Implantação, dividida em duas categorias:
- Carteira em Implantação Base – reúne US$ 81 bilhões em projetos já com orçamento aprovado, mas ainda não sancionados, que passarão por avaliação econômica final.
- Carteira em Implantação Alvo – soma US$ 10 bilhões adicionais, cuja execução depende de análise de financiabilidade e confirmação orçamentária.
A Petrobras afirma que o modelo busca garantir resiliência financeira, flexibilidade estratégica e previsibilidade no ciclo de investimentos.





