Deputados de MS divergem sobre resultados da pesquisa presidencial de 2026, com comemoração do PT e críticas do PL e PSDB sobre vazamentos e atuação do Judiciário

Por Karol Peralta
A pesquisa Quaest, divulgada na quinta-feira (21), sobre as eleições presidenciais de 2026, foi tema de debate e comemoração na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). O deputado Pedro Kemp (PT) destacou que os números indicam a possível reeleição de Lula (PT) e afirmou que a população “está vendo o país no rumo certo”.
“Eu vim aqui comemorar a última pesquisa Quaest. Isso me deixa feliz, que o Brasil começa a reconhecer que, finalmente, hoje temos um governo que colocou o país no rumo certo. Desemprego caindo, estamos vivendo em uma era de pleno emprego. O preço dos alimentos caindo. Programas sociais que protegem famílias em vulnerabilidade social. O Brasil saiu mais uma vez do mapa da fome, já tinha saído nos governos do PT, depois Bolsonaro o colocou de novo e agora Lula tirou”, ressaltou Kemp.
O parlamentar também elogiou a postura de Lula em relação às negociações internacionais, evitando confrontos diretos com o presidente Trump (EUA) sobre tarifas e buscando apoio junto aos países do BRICS. Ele ainda comparou a atual gestão com a de Jair Bolsonaro (PL), criticando avaliações simplistas sobre governos anteriores.
Debates sobre vazamentos e Judiciário
Durante a sessão, o deputado Coronel David (PL) questionou os vazamentos de informações de investigações, defendendo que inquéritos são sigilosos.
“Eu que sou da Segurança Pública digo que inquérito é sigiloso. É ato investigativo, mas tudo sob a tutela de Alexandre de Moraes é repassado para a imprensa, como se fosse algo extraordinário… Quanto ao asilo, a ONU diz que é um direito de quem se sente perseguido. Fofocas são produzidas e difundidas como se fossem verdade”, disse David.
O deputado Caravina (PSDB) reforçou a necessidade de freios e limites ao Judiciário, destacando que a forma de escolha e permanência de ministros prejudica o equilíbrio entre os poderes.
“Isso é um uso equivocado, e além disso, como advogado, não dá para concordar com outras questões, como quando o ministro é vítima, opera e julga a própria denúncia. Precisamos de freios”, ponderou.
Neno Razuk (PL) completou que os impactos do Judiciário afetam não apenas políticos, mas também a população menos favorecida, defendendo reformulação do sistema.
Resposta de Pedro Kemp
Kemp respondeu às críticas lembrando que áudios privados de Lula e Dilma foram divulgados diversas vezes durante investigações, criticando a postura de Sérgio Moro e reforçando que ataques sem provas não devem prevalecer.
“Se Bolsonaro for inocente, que seja preso e enfrente seu processo. Não precisa fugir para a Argentina”, concluiu.
A sessão da Assembleia Legislativa de MS evidencia as tensões políticas que acompanham as discussões sobre a eleição presidencial de 2026, a atuação do Judiciário e a divulgação de informações sensíveis sobre investigações envolvendo a família Bolsonaro, refletindo o cenário político polarizado do país.