Em discurso no Vaticano, pontífice afirma que a paz é possível por meio do diálogo entre religiões, lembra vítimas de desastres naturais na Ásia e reforça apelo por unidade entre cristãos.

Por Karol Peralta
O papa Leão XIV afirmou neste domingo (7) que a paz é possível e que o diálogo entre cristãos, outras religiões e culturas é essencial para sua construção. A declaração foi feita no Vaticano, durante a oração do Angelus, em referência à recente viagem do pontífice à Turquia e ao Líbano.
Ao se dirigir aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, Leão XIV afirmou que os episódios vividos nos dois países reafirmam a necessidade de promover diálogo inter-religioso, tolerância e cooperação. “O que aconteceu nos últimos dias na Turquia e no Líbano ensina-nos que a paz é possível”, disse.
O pontífice agradeceu às comunidades católicas visitadas, destacando a presença de fiéis que atuam em ações sociais e humanitárias. Sobre a passagem pela Turquia, afirmou ter encontrado pessoas que testemunham o Evangelho “por meio do diálogo paciente e do serviço aos que sofrem”.
Líbano: ‘Um mosaico de convivência’
Ao comentar a visita ao Líbano, Leão XIV destacou que o país “continua a ser um mosaico de convivência”, apesar das crises políticas e sociais vividas nos últimos anos. O papa lembrou ainda o encontro com famílias das vítimas da explosão no porto de Beirute, ressaltando a força e a fé demonstradas pelos libaneses.
“Eles esperavam uma palavra de consolo, mas foram eles que me consolaram”, afirmou.
O pontífice também mencionou o encontro com líderes cristãos na antiga cidade de Niceia, marco do primeiro concílio ecumênico há 1.700 anos. Ele recordou que neste ano se assinala o 60º aniversário da declaração conjunta entre o papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras, que encerrou a excomunhão mútua entre católicos e ortodoxos.
“Renovemos o compromisso pela unidade visível de todos os cristãos”, disse.
Desastres na Ásia e apelo por ajuda internacional
Leão XIV citou ainda as fortes chuvas e deslizamentos que atingiram países do sul e do sudeste asiático, como Indonésia, Sri Lanka e Tailândia, provocando ao menos 1.400 mortes e deixando milhares de desabrigados. Ele pediu solidariedade mundial diante da tragédia.
“Rezo pelas vítimas e por aqueles que prestam auxílio”, afirmou.
Em seguida, apelou à comunidade internacional para apoiar as populações atingidas com gestos concretos de solidariedade.





