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Pantanal registra queda de 98% nas áreas queimadas e MS mantém operação contra incêndios florestais

Com redução expressiva dos focos de calor no Pantanal e Cerrado, Corpo de Bombeiros de MS reforça ações de prevenção e combate ao fogo

Por Karol Peralta

Com controle e redução dos focos de incêndios florestais e áreas queimadas no Pantanal e também no Cerrado, o Mato Grosso do Sul mantém atuação permanente para proteger os biomas por meio do trabalho de prevenção e combate realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS).

Mesmo sem registro de grandes incêndios até agora, a Operação Pantanal 2025 segue ativa, com empenho das equipes em diferentes regiões do Estado.

Segundo o subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental (DPA), major Eduardo Teixeira, o foco da corporação é garantir resposta rápida às ocorrências:

“O Corpo de Bombeiros atua especialmente no contexto de prevenção e proteção, justamente buscando uma resposta efetiva e rápida para evitar a propagação dos incêndios. Além das equipes posicionadas na região do Pantanal, nas bases avançadas e nos quartéis da região, nós mobilizamos outras equipes nas regiões de Cerrado e Mata Atlântica, com material extra, viaturas extras e efetivo empregado, com o objetivo de melhorar a qualidade da resposta.”

Redução expressiva no Pantanal e Cerrado

No Pantanal, localizado em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, a área queimada caiu 98,8% entre 1º de janeiro e 13 de agosto de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram mais de 805,8 mil hectares atingidos em 2024, contra 13,5 mil hectares neste ano.

“As condições climáticas em 2025 estão mais positivas, menos favoráveis à propagação das chamas, especialmente pela ausência, até agora, de ondas de calor, que aceleram muito a propagação do fogo. O Corpo de Bombeiros permanece alerta, pronto para atuar”, acrescentou o major Teixeira.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), os focos de calor também tiveram queda significativa, passando de mais de 5,5 mil em 2024 para apenas 89 em 2025. No Cerrado, a área queimada caiu de 79,4 mil hectares para 31,7 mil hectares, enquanto os focos de calor reduziram de 1,8 mil para 702 – uma queda de 61,2%.

Condições climáticas favoreceram queda nos incêndios

A previsão do Cemtec aponta para a chegada de uma frente fria a partir desta terça-feira (19), trazendo chuva para a região pantaneira. A mudança deve reduzir o risco de fogo, já que a umidade relativa do ar pode variar entre 8% e 15% nos próximos dias.

O meteorologista do Cemtec, Vinícius Sperling, destaca que a redução é reflexo direto das condições climáticas de 2025:

“A queda na quantidade de focos de calor e incêndios é muito expressiva em todos os biomas. Isso ocorreu devido às chuvas mais distribuídas em relação a 2024, que ajudaram nesse cenário mais favorável. Outro ponto fundamental é a não ocorrência de ondas de calor como as registradas no ano passado, que foi muito mais quente e seco do que 2025 até agora.”

O especialista lembra que, em 2024, o mês de junho foi o pior da história em relação aos focos de incêndio. Naquele ano, as temperaturas ficaram entre 2°C e 2,5°C acima da média no primeiro semestre. Já em 2025, os índices estão próximos da média histórica, ajudando a reduzir a propagação das chamas.

“Entre junho e julho de 2024, as temperaturas ficaram de 1°C a 3°C acima da média. No mesmo período de 2025, elas variaram entre -0,5°C e -1,0°C abaixo da média. Foi um inverno mais quente que o normal em 2024 e um inverno mais frio em 2025. O secamento do Pantanal, por exemplo, é menos acentuado em temperaturas mais frias quando comparadas às muito acima da média”, explicou Sperling.

Operação Pantanal 2025

A Operação Pantanal 2025 já está em andamento há 230 dias, com 111 bombeiros mobilizados em diferentes frentes de trabalho, como planejamento, operações, logística e geomonitoramento.

A descentralização das equipes é apontada como diferencial para diminuir o tempo de resposta. Houve expansão do efetivo militar nos quartéis de Dourados, Maracaju, Corumbá, Miranda, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Campo Grande, Nova Andradina, Coxim e São Gabriel do Oeste, além das bases avançadas do Amolar, Redário, Lourdes e Coimbra.

Até agora, foram realizadas 197 ações de combate a incêndios, 32 formações de brigadas com 762 pessoas capacitadas e 484 monitoramentos de eventos de fogo.

“Nós estamos com uma estrutura proporcional ao risco que observamos. Hoje temos mais de 100 militares prontos para atender as ocorrências, mobilizados nesse contexto de incêndio florestal”, concluiu o major Teixeira.

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