Ação integrada das Polícias Militares em todos os estados resultou também na apreensão de 165 armas e prejuízo superior a R$ 551 milhões ao crime organizado.

Por Karol Peralta
Uma ação coordenada entre as Polícias Militares de todos os estados e do Distrito Federal resultou na prisão de 1.899 pessoas, na apreensão de 8 toneladas de drogas e 165 armas de fogo, durante a 3ª Operação da Rede Nacional de Operações Ostensivas Especializadas (Renoe), realizada entre 19 e 24 de novembro. O prejuízo estimado ao crime organizado ultrapassa R$ 551 milhões.
A operação, articulada pelo Governo Federal por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), teve como foco a intensificação do enfrentamento às organizações criminosas e a atuação coordenada entre inteligência e equipes especializadas. Segundo o diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp, Rodney da Silva, os resultados demonstram “o comprometimento das PMs com a segurança pública e com o enfrentamento direto das organizações criminosas”.
De acordo com o MJSP, a integração entre inteligência policial e resposta tática foi decisiva para o alcance dos resultados. O modelo de atuação segue diretrizes nacionais que buscam padronizar estratégias de repressão qualificada e fortalecer o combate às facções.
Entre as principais ocorrências registradas na operação, estão:
- Apreensão de grande quantidade de drogas e armas após confronto com suspeitos armados;
- Destruição de áreas de plantio de maconha;
- Captura de foragidos com revólveres e pistolas;
- Desarticulação de pontos usados para armazenamento e distribuição de entorpecentes;
- Identificação de integrantes de facções com apreensão de cadernos de contabilidade do tráfico, balanças e prensa hidráulica.
A Renoe foi criada para fortalecer ações ostensivas especializadas, promover a troca de informações entre estados e ampliar a cooperação nacional no combate ao crime organizado. A iniciativa integra outras estratégias do MJSP, como a Rede Nacional de Recuperação de Ativos (Recupera), a Renocrim e a Renarc, todas voltadas à repressão ao narcotráfico, lavagem de dinheiro e fortalecimento investigativo.
A atuação conjunta, segundo a Senasp, evidencia a necessidade de operações contínuas e planejadas para conter o avanço das facções e reduzir a capacidade financeira do crime organizado no país.





