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ONU condena assassinato de seis jornalistas palestinos em Gaza e acusa Israel de violar direito internacional

Ataque aéreo israelense matou repórter da Al Jazeera e colegas; ONU afirma que ação fere normas humanitárias e agrava crise na Faixa de Gaza.

Por Karol Peralta

O escritório de direitos humanos da ONU condenou nesta segunda-feira (11) a morte de seis jornalistas palestinos na Faixa de Gaza, classificando a ação do exército de Israel como uma grave violação do direito internacional humanitário.

Entre as vítimas está Anas Al Sharif, de 28 anos, repórter da Al Jazeera que já havia sido ameaçado por autoridades israelenses. Ele foi morto no domingo (10) junto com outros quatro jornalistas da emissora e um assistente, em um ataque aéreo israelense contra uma tenda próxima ao Hospital Al Shifa, no leste da Cidade de Gaza.

Segundo autoridades locais e a própria Al Jazeera, outras duas pessoas também morreram no ataque. O exército israelense afirmou que Al Sharif liderava uma célula militante do Hamas, justificando assim a ofensiva. A Al Jazeera, no entanto, rejeitou as alegações, assim como o próprio jornalista havia feito antes de morrer.

Contexto da guerra na Faixa de Gaza

O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou um ataque contra Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 251 reféns. Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva militar com bombardeios e incursões terrestres para tentar resgatar os reféns e enfraquecer o comando do grupo.

A guerra resultou na destruição de grande parte do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, mais de 80% da população da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA.

Desde o início do conflito, pelo menos 61 mil palestinos morreram, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. O órgão afirma que mais da metade das vítimas são mulheres e crianças. Israel, por sua vez, alega que cerca de 20 mil mortos eram combatentes.

Crise humanitária e fome

A ONU alerta para o agravamento da fome e da crise humanitária no território. Desde maio, mais de mil pessoas morreram tentando buscar alimentos, após Israel alterar o sistema de distribuição de suprimentos. Há relatos diários de mortes por inanição devido à dificuldade de entrada de ajuda humanitária.

Israel afirma que a guerra pode acabar se o Hamas se render. O grupo radical, por outro lado, condiciona qualquer diálogo a melhorias imediatas na situação humanitária em Gaza.

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