Número de jovens aprendizes atinge recorde no Brasil pelo sétimo mês consecutivo

Em setembro, o país registrou mais de 710 mil jovens aprendizes ativos no mercado de trabalho, com destaque para o setor de Serviços e a Indústria, segundo dados do Caged

Por Karol Peralta

Pelo sétimo mês consecutivo, o Brasil registrou recorde no número de jovens aprendizes contratados. Em setembro, foram contabilizados 710.875 aprendizes ativos no mercado de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).


Aprendizagem em alta em todo o país

O saldo positivo do mês foi de 15.357 novas contratações, resultado da diferença entre admissões e desligamentos. O setor de Serviços liderou as contratações, com 5.510 aprendizes, seguido pela Indústria (4.307), Comércio (2.830), Construção Civil (2.231) e Agropecuária (478).

De janeiro a setembro, o país já soma 111.976 novos aprendizes contratados, com destaque para a Indústria, responsável por 42.803 vagas no período.


Política pública consolidada há 25 anos

A Lei da Aprendizagem (Lei nº 10.097/2000) completa 25 anos em dezembro e é considerada uma das mais importantes políticas públicas de inclusão social e formação profissional do país.

Ela determina que empresas de médio e grande porte mantenham entre 5% e 15% de aprendizes entre seus colaboradores, promovendo oportunidades de inserção no mercado de trabalho formal para adolescentes e jovens.

Segundo o secretário de Qualificação, Emprego e Renda do MTE, Magno Lavigne, o programa tem se destacado por unir educação, direitos e trabalho decente.

“A aprendizagem é um dos programas que orgulham o Governo do Brasil, pois soma educação, direitos e trabalho decente, bandeiras que sempre nortearam as vidas e as carreiras do Presidente Lula e do Ministro Marinho”, afirmou Lavigne.


Quem pode participar e como funciona

Podem se inscrever no programa jovens entre 14 e 24 anos matriculados em instituições de qualificação profissional credenciadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O contrato de aprendizagem prevê remuneração proporcional ao salário mínimo por hora trabalhada, jornada reduzida de até seis horas diárias e formação técnica gratuita. O modelo combina aulas teóricas com atividades práticas nas empresas, facilitando a conciliação entre trabalho e estudo.

Além disso, os aprendizes têm direito a FGTS (2%), 13º salário, vale-transporte e férias coincidentes com o recesso escolar, o que garante uma experiência profissional alinhada ao desenvolvimento educacional.


Importância social e econômica

Com o avanço constante das contratações, o programa de aprendizagem profissional se consolida como uma porta de entrada para o mercado de trabalho formal, especialmente para jovens de baixa renda.

Ao mesmo tempo, as empresas se beneficiam da formação de mão de obra qualificada e do cumprimento de sua função social, fortalecendo uma cultura de responsabilidade e inclusão no ambiente corporativo.

Compartilhe esta postagem:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

contato@mspantanalnews.com.br