Érica Regina Mota, de 46 anos, foi assassinada pelo companheiro com ao menos seis facadas; homem foi preso em flagrante e confessou ter matado outras mulheres em Mato Grosso do Sul.

Por Karol Peralta
Mato Grosso do Sul registrou mais um caso de feminicídio em 2025. Na noite desta quarta-feira (27), Érica Regina Mota, de 46 anos, foi morta com pelo menos seis facadas dentro de casa, em Bataguassu, município localizado a 335 quilômetros de Campo Grande. O crime é o 23º feminicídio registrado no Estado neste ano.
De acordo com informações da polícia, a vítima foi encontrada sentada em uma poltrona, já sem vida, por volta das 20h. O corpo apresentava múltiplas perfurações provocadas por faca. O chamado à polícia foi feito após uma vizinha encontrar uma faca suja de sangue jogada em seu quintal.
Prisão em flagrante
O autor do crime foi identificado como Vagner Aurélio, de 59 anos, marido da vítima. Ele foi localizado pouco tempo depois na rodoviária de Bataguassu, onde estava comendo um salgado e ingerindo bebida alcoólica.
Vagner apresentava manchas de sangue nas roupas e ferimentos pelo corpo. Preso em flagrante, ele foi encaminhado para a delegacia, onde teria relatado já ter assassinado outras duas mulheres em situações semelhantes.
Vizinhança relata cárcere
Segundo relatos de moradores, Érica poderia estar vivendo em situação de cárcere privado, impedida de sair de casa. A polícia encontrou na residência sinais de luta corporal e grande quantidade de sangue espalhada pelo local.
Investigação
O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Bataguassu. As autoridades trabalham para confirmar o histórico de violência do suspeito e verificar as declarações sobre crimes anteriores.
A morte de Érica reforça o alerta para os altos índices de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Somente em 2025, já foram registrados 23 casos, colocando o Estado entre os que mais enfrentam esse tipo de violência no país.
A Polícia Civil reforça a importância de denúncias anônimas em casos de violência contra a mulher, que podem ser feitas pelo telefone 180 ou pelo 190 em situações de emergência.