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Motoristas do Consórcio Guaicurus aprovam paralisação para segunda-feira em Campo Grande

Categoria decide parar caso saláros atrasados e 13º não sejam pagos; trabalhadores denunciam crise e desconfiança nas negociações

Por Karol Peralta

Os motoristas do Consórcio Guaicurus aprovaram, por unanimidade, uma paralisação a partir da próxima segunda-feira (15), caso não sejam pagos o salário de novembro, o 13º e o adiantamento salarial do dia 20. A decisão ocorreu durante assembleia realizada na madrugada desta quinta-feira (11), em Campo Grande.


Trabalhadores cobram pagamentos atrasados

De acordo com o presidente do STTCU-CG, Demétrio Freitas, a categoria já está há seis dias com o salário atrasado e decidiu que só retornará ao trabalho após o pagamento integral dos três valores.

“Ficou definido que só voltam a trabalhar se os três pagamentos forem feitos de uma vez”, reforçou o sindicalista.

A ata da assembleia será encaminhada para o consórcio e para o município. O atraso salarial reacendeu a tensão entre motoristas e empresa, que enfrenta críticas constantes pela qualidade do serviço.


Desconfiança entre motoristas aumenta

Áudios atribuídos a conversas entre um representante jurídico do sindicato e um motorista circulam em grupos de WhatsApp. No conteúdo, trabalhadores demonstram descrença com as negociações, afirmando que o pagamento não deve ocorrer antes de segunda-feira.

“Eles querem enrolar a gente para trabalharmos de graça mais essa semana. (…) Já está combinado: ‘vamos enganar os trouxas até semana que vem’. Vai passar essa semana inteira, domingo e só na segunda-feira”, relata um motorista, evidenciando a frustração com a falta de solução.


Consórcio Guaicurus alega atraso de repasses do Poder Público

Desde o início da concessão, o Consórcio Guaicurus já acumulou mais de R$ 1,8 bilhão de faturamento, mas continua sendo alvo de reclamações por atrasos, superlotação, quebra de veículos e má conservação da frota.

A empresa afirma que enfrenta inadimplência de repasses públicos, o que comprometeria o pagamento dos trabalhadores. Segundo o consórcio, a situação é “crítica” e requer providências urgentes do município.

Nos últimos anos, a empresa tem recorrido à Justiça para forçar repasses adicionais. Além das verbas públicas, o transporte coletivo também lucra com tarifas e publicidade.


Debate sobre intervenção no transporte avança

Diante das recorrentes denúncias e da instabilidade financeira, um pedido de intervenção no transporte público já foi protocolado na Prefeitura de Campo Grande. A iniciativa reúne assinaturas de moradores que defendem a nomeação de um agente público para avaliar e reorganizar o sistema, após sucessivos episódios de ingerência, negligência e falta de transparência na gestão do consórcio.

Em outubro, motoristas paralisaram por cerca de duas horas alegando não recebimento do vale salarial, situação que pode se repetir caso os pagamentos não sejam regularizados até segunda-feira.

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