Natural de Corumbá, Militino foi uma das figuras mais atuantes do Partido dos Trabalhadores em Campo Grande e ficou conhecido por sua militância firme em defesa das bandeiras progressistas.

Por Karol Peralta
Morreu na quarta-feira (15) o militante histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) de Mato Grosso do Sul, Militino Domingos de Arruda, aos 81 anos. Ele tratava um câncer descoberto em dezembro de 2024.
Filiado ao PT por quase quatro décadas, Militino Domingos de Arruda teve sua trajetória marcada pela defesa de bandeiras progressistas e pelo envolvimento em episódios de destaque na política sul-mato-grossense — entre eles, uma briga com o ex-governador André Puccinelli (MDB), na época em que o emedebista exercia o primeiro mandato como prefeito de Campo Grande.
Natural de Corumbá, Militino participou ativamente da consolidação do Partido dos Trabalhadores no Estado. Era presença constante em manifestações e atos partidários, principalmente na Capital. Em 2016, durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), o militante esteve entre os que organizaram uma vigília no centro de Campo Grande para acompanhar os desdobramentos políticos em Brasília.
Com reconhecida dedicação ao partido, Militino deixa três filhas, quatro netos e um bisneto. Entre seus colegas de legenda, o sentimento é de perda e reconhecimento. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) afirmou que o militante representa “mais uma estrela a brilhar no céu”.
O ex-governador e também deputado estadual Zeca do PT lembrou da recente aparição de Militino no Processo de Eleição Direta (PED) do partido, que escolheu Kemp e Vander Loubet para a presidência dos diretórios municipal e estadual, respectivamente. “Mesmo com a saúde debilitada, foi votar, demonstrando todo o seu compromisso com o Partido dos Trabalhadores, com a luta de classes e com os mais pobres”, destacou Zeca.
O diretório municipal do PT de Campo Grande também divulgou nota de pesar. O texto descreve Militino como uma figura “conhecida por toda a cidade pela firmeza de suas exposições do projeto político que defendia”. Segundo o comunicado, ele costumava expressar suas convicções por meio de adesivos, frases escritas à mão e cartazes em seu carro e residência, sempre com postura “corajosa e altiva, mesmo em momentos de perseguição política”.
O velório de Militino acontece no Cemitério Memorial, localizado na Rua Francisco dos Anjos, 442, bairro Universitário, em Campo Grande, com sepultamento programado para 13h30.





