Intoxicação alimentar em programa de refeições gratuitas preocupa autoridades e afeta centenas de estudantes em Bengkulu

Por Karol Peralta
Cerca de 400 crianças, da pré-escola ao ensino fundamental, adoeceram na última quinta-feira (28) após consumir refeições escolares gratuitas oferecidas na província de Bengkulu, na Indonésia. O episódio é o mais recente caso de intoxicação alimentar relacionado ao programa governamental de distribuição de refeições para estudantes.
De acordo com o governo local, os alunos começaram a sentir fortes dores abdominais logo após a refeição e precisaram ser levados às pressas para hospitais da região. Vídeos divulgados pela administração de Bengkulu mostram ambulâncias chegando em sequência aos centros médicos para prestar socorro às vítimas.
As refeições faziam parte do principal programa de alimentação escolar do presidente Prabowo Subianto, lançado em janeiro deste ano. A iniciativa já atende mais de 15 milhões de beneficiários em todo o arquipélago, mas vem sendo marcada por sucessivos episódios de intoxicação alimentar em massa.
Os casos registrados em Bengkulu superaram outro episódio ocorrido no mês passado, em Java Central, onde 365 pessoas também adoeceram após consumir refeições fornecidas pelo programa.
O vice-governador de Bengkulu, Mian, afirmou que a cozinha responsável pela distribuição dos alimentos será temporariamente suspensa. “Suspenderemos temporariamente as operações nesta cozinha enquanto investigamos as deficiências. Esta é a área de investigação da BGN (Agência Nacional de Nutrição) e das autoridades”, declarou.
Apesar dos problemas enfrentados, o governo indonésio planeja expandir o programa para alcançar 83 milhões de beneficiários até o final de 2025. O orçamento destinado à iniciativa é de 171 trilhões de rupias, equivalente a cerca de US$ 10,6 bilhões.
O episódio em Bengkulu reacende o debate sobre a segurança alimentar e os desafios logísticos para implementar um programa em larga escala, principalmente em regiões mais remotas da Indonésia. Enquanto isso, pais e comunidades locais cobram providências rápidas para garantir a saúde e a segurança das crianças.