Em publicação nas redes sociais, presidente afirmou que é preciso combater o crime organizado sem colocar policiais e famílias em risco, e citou a Operação Carbono Oculto como exemplo de sucesso.

Por Karol Peralta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, na noite desta quarta-feira (29), a necessidade de um trabalho coordenado para atingir a “espinha dorsal do tráfico” no Brasil. A declaração foi feita em uma postagem nas redes sociais, em meio às discussões sobre a violência urbana e o avanço das facções criminosas.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, escreveu o presidente.
Segundo Lula, esse tipo de articulação já mostrou resultados concretos em agosto, com a Operação Carbono Oculto, considerada por ele “a maior operação contra o crime organizado da história do país”. A ação, conduzida pela Polícia Federal, mirou uma rede envolvida em tráfico de drogas, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro.
O presidente afirmou que as operações do governo têm buscado enfraquecer o núcleo financeiro das facções criminosas, atingindo os responsáveis pela estrutura econômica que sustenta o crime. “As ações chegaram ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em atividades ilegais”, destacou.
Lula também aproveitou a publicação para defender a aprovação da PEC da Segurança, proposta que tramita no Congresso Nacional e busca garantir integração entre as diferentes forças policiais no combate ao crime.
“Vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”, afirmou.
Apesar da manifestação sobre o tema, o presidente ainda não comentou publicamente os resultados da Operação Contenção, que deixou ao menos 121 mortos no Rio de Janeiro. Lula retornou a Brasília na noite de terça-feira (28), após viagem oficial ao Sudeste Asiático.
A declaração ocorre em um momento em que o governo federal tenta reforçar a política de segurança pública, após críticas sobre o papel da União em ações estaduais de combate ao crime organizado.





