Escalada entre Israel e Irã agrava tensão no Oriente Médio e eleva riscos para segurança global e mercado do petróleo.
Por Karol Peralta
A madrugada desta segunda-feira (16) foi marcada por uma nova e violenta troca de ataques com mísseis entre Israel e Irã, ampliando a crise no Oriente Médio e aumentando o número de vítimas civis nos dois países. O quarto dia consecutivo de hostilidades preocupa a comunidade internacional, que pede a imediata desescalada do conflito armado.
Segundo fontes oficiais, o Irã lançou centenas de mísseis contra regiões estratégicas de Israel, incluindo Tel Aviv, Jerusalém e Haifa. Sirenes soaram por todo o país, e o sistema de defesa aérea israelense foi ativado em larga escala. Mesmo com as defesas, edifícios residenciais foram atingidos e explosões foram registradas nas proximidades de uma refinaria de petróleo em Haifa.
Infraestrutura comprometida e clima de medo
Além dos danos estruturais, a rede elétrica israelense foi severamente afetada, deixando diversas regiões sem energia. Moradores relataram pânico, correria e destruição. Em Tel Aviv, ruas amanheceram cobertas de destroços, vitrines quebradas e prédios danificados.
O número de mortos em Israel subiu para 24, sendo oito vítimas apenas nos ataques noturnos mais recentes. Já no Irã, pelo menos 224 pessoas perderam a vida e 1.277 estão hospitalizadas, conforme dados divulgados pela mídia estatal e autoridades locais. A maioria das vítimas são civis.
Contra-ataque de Israel e perdas estratégicas
Em resposta, jatos de combate israelenses bombardearam alvos militares no Irã, especialmente bases da Força Quds, braço da Guarda Revolucionária. Israel também atacou centros de comando e infraestrutura de mísseis, resultando na morte do chefe de inteligência iraniano.
Ambos os governos alertaram suas populações a evacuarem áreas próximas a bases militares, aumentando o clima de apreensão e insegurança.
Tensões diplomáticas e impacto econômico
Fontes da CNN informaram que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou um plano israelense para assassinar o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei. Apesar disso, Trump declarou estar confiante em um possível acordo futuro entre os países, embora tenha admitido que “às vezes eles têm que lutar”.
Enquanto isso, filas se formaram nos postos de gasolina de Teerã, com muitos moradores tentando fugir da capital iraniana. O medo se espalha em ritmo acelerado com a continuidade dos bombardeios.
O preço do petróleo também reage à instabilidade. Com o conflito afetando diretamente a segurança da região, os valores seguem em alta e somam um aumento de 7% em apenas uma semana, pressionando o mercado global.
🌐 Reações internacionais
Organizações como ONU, União Europeia e OTAN expressaram profunda preocupação com o agravamento da guerra e cobram cessar-fogo imediato. Há temor de que o confronto envolva outros países da região e acabe desencadeando um conflito em escala maior.
O cenário atual entre Israel e Irã é de extrema tensão, com perdas humanas crescentes e efeitos colaterais globais. A comunidade internacional observa atentamente os próximos passos de dois dos principais protagonistas do Oriente Médio, temendo um novo capítulo de instabilidade geopolítica global.
