
Vítima foi assassinada dentro de casa, no bairro Maria Aparecida Pedrossian; filho, que sofre de esquizofrenia, está foragido após cometer o crime.
Por Karol Peralta
Uma tragédia abalou moradores do bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, na noite de quinta-feira (26). Hugo Abel Heyn, de 69 anos, foi brutalmente assassinado a facadas pelo próprio filho, de 35 anos, que, segundo a polícia, sofre de esquizofrenia e teria tido um surto psicótico.
O crime aconteceu dentro da residência da família, mais precisamente no quarto da vítima. Conforme o boletim de ocorrência, o autor estava bastante agitado e agressivo durante o dia, fazendo ameaças verbais aos pais. A esposa da vítima e mãe do agressor presenciou toda a cena e relatou que o filho disse ao pai: “E você, o que está olhando? Eu ainda vou fazer pedacinhos de você.” Diante da ameaça, Hugo riu, o que enfureceu ainda mais o filho, que reagiu dizendo: “Tá duvidando? Vou fazer agora.”
A mulher, em desespero, tentou proteger o marido trancando a porta do quarto, mas o filho arrombou a entrada e iniciou o ataque. Com uma faca, desferiu diversos golpes no tórax e nos braços do pai, que estava deitado na cama. Mesmo após a vítima cair no chão, o agressor continuou o ataque com chutes na cabeça da vítima.
Sem conseguir conter o filho, a mulher correu para pedir ajuda de familiares que moram nas proximidades. Quando retornou, encontrou o marido já sem vida e o autor havia fugido do local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. Equipes do Tático da Polícia Militar fizeram buscas pela região durante a madrugada, mas até o momento o autor segue foragido.
A Polícia Civil, por meio da Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada), registrou o caso como homicídio qualificado por motivo fútil. A perícia esteve no local para realizar os levantamentos necessários, e a área foi preservada pela guarnição da PM.
O crime chocou vizinhos e reacendeu debates sobre o acompanhamento de pessoas com transtornos mentais e a prevenção de episódios de violência doméstica em contextos familiares.
🔎 As investigações continuam e qualquer informação sobre o paradeiro do autor pode ser repassada de forma anônima à polícia pelo telefone 190 ou Disque-Denúncia (181).