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Governo retoma expansão hidrelétrica e contrata 815 MW em leilão de energia

Leilão A-5 garante 65 novas hidrelétricas de pequeno porte em 13 estados, com investimento de R$ 8 bilhões e previsão de operação até 2030.

Por Karol Peralta

O Governo Federal anunciou, nesta sexta-feira (22), a retomada da expansão da indústria hidrelétrica no Brasil com a realização do Leilão de Energia Nova A-5. O certame contratou 815,6 megawatts (MW) em 65 novos empreendimentos entre Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e Usinas Hidrelétricas de até 50 MW, distribuídos em 13 estados brasileiros. O investimento estimado é de R$ 8 bilhões, com previsão de entrada em operação até 2030.

O leilão foi conduzido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), operacionalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O preço médio alcançado foi de R$ 392,84 por megawatt-hora (MWh), com deságio de 3,16%, em contratos de 20 anos.

As pequenas hidrelétricas têm papel estratégico na matriz elétrica nacional, pois apresentam menor impacto ambiental, funcionam como complemento às fontes intermitentes (como solar e eólica) e estão espalhadas pelo território, reduzindo a dependência de grandes linhas de transmissão.

Impacto econômico

Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a retomada do setor hidrelétrico fortalece indústrias estratégicas, como siderurgia e cimento. “Cada 1 GW contratado gera demanda de aproximadamente 120 toneladas de aço e 2,5 milhões de metros cúbicos de concreto, impulsionando empresas como Gerdau, Usiminas, Arcelor Mittal, Votorantim Cimentos e Intercement”, afirmou.

Ele também destacou que a medida oferece alternativas à indústria nacional em um momento de desafios, como as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao aço brasileiro.

Desenvolvimento regional

O ministro ressaltou ainda que os municípios que recebem usinas hidrelétricas apresentam melhora significativa no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com reflexos diretos na renda e na qualidade de vida da população. Além da geração de energia, os reservatórios das usinas contribuem para o abastecimento de água, irrigação agrícola, apoio à agricultura familiar, incentivo à piscicultura e, em alguns casos, estímulo ao turismo local.

“Essas usinas desenvolvem o interior do Brasil”, destacou Silveira.

Transição energética

De acordo com o MME, o leilão foi realizado em conformidade com a Portaria nº 95/GM/MME, de 19 de dezembro de 2024, que garante segurança jurídica, previsibilidade regulatória e respeito aos contratos.

O resultado reforça o compromisso do governo em diversificar a matriz elétrica, ampliar a participação de fontes renováveis e garantir modicidade tarifária e segurança energética para o país.

Com a contratação, o Brasil reafirma o papel estratégico das hidrelétricas de pequeno porte na transição energética e no desenvolvimento regional sustentável.

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