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Governo lança Plano Brasil Soberano com crédito de até R$ 40 bilhões para exportadores afetados por tarifas dos EUA

Portarias definem critérios de acesso a crédito, garantias e alívio fiscal para empresas impactadas pelo tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros

Por Karol Peralta

O Governo Federal detalhou nesta sexta-feira (22) as regras do Plano Brasil Soberano, criado para apoiar empresas impactadas pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros em julho. A medida foi regulamentada pela Portaria Conjunta nº 17/2025, que estabelece critérios de acesso às linhas de crédito, garantias e benefícios fiscais previstos na Medida Provisória nº 1.309/2025.

Segundo o governo, o programa disponibilizará R$ 30 bilhões do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), operados pelo BNDES, além de R$ 10 bilhões em recursos próprios do banco. O objetivo é financiar capital de giro, adaptação produtiva, aquisição de equipamentos e a busca por novos mercados.

Crédito e garantias

As linhas de crédito serão voltadas a empresas que comprovem queda mínima de 5% no faturamento de exportações para os EUA entre julho de 2024 e junho de 2025. O acesso será ampliado para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) por meio do PEAC-FGI Solidário, que contará com R$ 2 bilhões em garantias, capazes de destravar até R$ 20 bilhões em operações de crédito.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a prioridade será dada às empresas mais afetadas:

“Quem perdeu mais de 5% do faturamento terá crédito incentivado. Para essas empresas, o governo vai abrir linhas de R$ 30 bilhões”, afirmou.

O banco também criará duas linhas complementares — Giro Emergencial (para custos operacionais) e Giro Diversificação Complementar (para expansão de mercados) — acessíveis a empresas de todos os portes.

Manutenção de empregos

Um dos critérios para obter condições mais vantajosas será o compromisso de manutenção ou ampliação do número de empregos no período entre julho de 2024 e junho de 2025. Caso as empresas descumpram a exigência, o BNDES informará o fato ao Ministério da Fazenda.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, ressaltou que a cláusula busca proteger trabalhadores:

“Garantir o acesso das MPMEs ao crédito é fundamental, mas é preciso assegurar também a preservação de empregos”, disse.

Critérios e prazos

  • Empresas com 20% ou mais da receita afetada por exportações taxadas terão acesso a linhas em condições ainda mais favoráveis.
  • Para MPMEs, o limite de financiamento de capital de giro será de até R$ 35 milhões, enquanto grandes empresas poderão contratar até R$ 200 milhões.
  • Para investimentos, o teto será de R$ 150 milhões por empresa.
  • Os prazos de pagamento variam de 5 a 10 anos, com carência entre 12 e 24 meses.

Alívio fiscal

A regulamentação também prevê medidas de restituição e ressarcimento de créditos tributários e a prorrogação de tributos federais e dívidas ativas. Empresas com mais de 5% da receita comprometida terão prioridade nesses processos. Os vencimentos de agosto e setembro de 2025 foram prorrogados para outubro e novembro, respectivamente.

Outras medidas

Além do crédito e do alívio fiscal, o plano prevê:

  • fortalecimento do seguro de crédito à exportação;
  • prorrogação de prazos do regime de drawback;
  • criação de um novo Reintegra, ampliando crédito tributário para exportadores.

O diretor de Planejamento do BNDES, Nelson Barbosa, avaliou que o plano deve estimular a diversificação comercial:

“É preciso fortalecer a competitividade e buscar novos mercados, o que pode exigir adaptações nos processos produtivos e nos produtos exportados.”

O governo estima que os primeiros financiamentos comecem a ser liberados a partir de 15 de setembro, após análise da lista de empresas elegíveis, que será enviada ao BNDES pelo MDIC e Receita Federal.

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