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Governo Federal retira mais de 6 mil crianças do trabalho infantil entre 2023 e 2025

Fiscalizações priorizaram as piores formas de exploração infantil; Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil reforça alerta sobre violações de direitos

Por Karol Peralta

Na semana que marca o Dia Nacional e Mundial de Combate ao Trabalho Infantil (12 de junho), o Governo Federal, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgou um balanço impactante: entre 2023 e abril de 2025, 6.372 crianças e adolescentes foram retiradas de situações de trabalho infantil em todo o país.

As ações, coordenadas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, priorizaram casos enquadrados nas piores formas de trabalho infantil — aquelas com riscos graves à saúde, integridade física e desenvolvimento das vítimas.


Crescimento no número de afastamentos

Segundo o MTE, o número de crianças retiradas do trabalho precoce tem crescido ano a ano:

  • 2023: 2.564 casos
  • 2024: 2.741 casos
  • 2025 (até abril): 1.067 casos

📌 86% dos casos envolviam as piores formas de trabalho infantil, com crianças e adolescentes expostos a condições perigosas e degradantes.


Perfil das vítimas: maioria são meninos e adolescentes

Os dados revelam um perfil preocupante das vítimas:

  • 74% são meninos
  • 26% são meninas
  • 791 crianças tinham até 13 anos — idade em que qualquer trabalho é proibido por lei
  • 1.451 adolescentes tinham 14 e 15 anos
  • 4.130 adolescentes tinham 16 e 17 anos, muitas vezes em ocupações ilegais e perigosas

Setores mais comuns de trabalho infantil

As atividades econômicas com maior incidência de trabalho infantil foram:

  • Comércio varejista
  • Alimentação (restaurantes, bares, lanchonetes)
  • Oficinas de manutenção de veículos
  • Agricultura e pecuária

“Futuro em risco”, alerta o Governo

Para o coordenador nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil, Roberto Padilha Guimarães, o trabalho infantil representa uma grave violação de direitos.

“Toda criança submetida ao trabalho infantil perde não apenas a infância, mas também a perspectiva de um futuro digno. O combate exige esforço coletivo entre poder público, empregadores, sindicatos e sociedade civil.”

Ele reforça que o 12 de junho é uma data de mobilização social contra o trabalho infantil e pela proteção integral da infância e adolescência.


O que acontece após o afastamento?

Após a identificação e o afastamento das crianças e adolescentes do trabalho, o MTE emite Termos de Pedido de Providência que são enviados para:

  • Conselhos tutelares
  • Secretarias de assistência social e educação
  • Ministério Público do Trabalho (MPT)
  • Ministério Público Estadual

O objetivo é garantir que os jovens sejam inseridos em políticas públicas e protegidos de forma integral.

Para adolescentes a partir de 14 anos, há encaminhamento para programas de aprendizagem profissional, com qualificação, remuneração e todos os direitos trabalhistas e previdenciários garantidos.


Combate ao trabalho infantil é prioridade

O Governo Federal afirma que o combate ao trabalho infantil é uma das prioridades estratégicas da atual gestão. Entre as ações desenvolvidas estão:

  • Aumento das operações de fiscalização
  • Capacitação de auditores fiscais
  • Parcerias interinstitucionais para prevenção e reintegração social

Segundo o MTE, o foco é garantir que todas as crianças tenham direito ao desenvolvimento pleno, com acesso à escola, saúde, lazer, alimentação adequada e convivência familiar, livres de qualquer forma de exploração ou negligência.


Como denunciar casos de trabalho infantil?

Qualquer pessoa pode denunciar situações de trabalho infantil por meio do canal oficial:

📱 Sistema Ipê Trabalho Infantil – disponível online e mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

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