Governo federal reforça atendimento no Paraná após tornado e envia kits emergenciais de saúde

Ação inclui medicamentos, profissionais especializados e apoio psicossocial para população afetada em Rio Bonito do Iguaçu

Por Karol Peralta

O Governo do Brasil intensificou as ações de resposta ao tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, no dia 7 de novembro, com o envio de kits emergenciais de medicamentos, equipes especializadas e apoio psicossocial. As medidas buscam garantir a continuidade do atendimento básico de saúde diante da destruição causada pelo desastre.

Desde sexta-feira (14), unidades de saúde do município começaram a receber dois kits emergenciais enviados pelo Ministério da Saúde, cada um capaz de atender até 3 mil pessoas por dois meses. Os conjuntos incluem 32 tipos de medicamentos e 16 insumos essenciais, como seringas, luvas e ataduras, reforçando o abastecimento após a perda de materiais durante o tornado.

A entrega ocorreu a pedido do governo estadual e integra o conjunto de ações federais para resposta rápida à emergência. De acordo com o ministro Alexandre Padilha, já foram contabilizados mais de 800 atendimentos de urgência e emergência e cerca de 500 atendimentos de saúde mental até quarta-feira.

O ministro acrescentou que equipes de engenharia e da Força Nacional do SUS trabalham na instalação de estruturas provisórias ainda em novembro. “Essas unidades transitórias vão assegurar a continuidade de serviços essenciais”, afirmou.


Equipes especializadas atuam em saúde física e mental

O Ministério da Saúde deslocou 38 profissionais da Força Nacional do SUS e do Vigidesastres Nacional, entre psicólogos, médicos, enfermeiros, farmacêuticos e sanitaristas, para apoiar o atendimento clínico e psicossocial, além de contribuir para a reorganização dos serviços de vigilância em saúde.

O tornado deixou sete mortos, 855 feridos, 3.347 desabrigados e 47 desalojados em Rio Bonito do Iguaçu, segundo dados oficiais.

Um Posto Avançado de Coordenação foi instalado ao lado da Secretaria Municipal de Saúde para monitorar as condições sanitárias e psicossociais da população, especialmente nas áreas rurais e assentamentos.

Na área de saúde mental, já foram realizados 535 atendimentos psicológicos, entre primeiros cuidados, atendimentos individuais e atividades em grupo. No abrigo de Laranjeiras do Sul, onde estão 43 pessoas, equipes multiprofissionais atuam com escuta qualificada e encaminhamentos especializados.


Assistência social amplia apoio às famílias afetadas

Na área social, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social coordena ações de segurança alimentar, atendimento emergencial e manutenção de renda para famílias atingidas. A mobilização envolve a Força Nacional do Sistema Único de Assistência Social (ForSUAS), que estruturou equipes em campo para atender os dez pontos mais afetados.

Além de Rio Bonito do Iguaçu, os municípios de Barbosa Ferraz, Goioxim, Pato Bragado e Rolândia também decretaram situação de emergência.

Ao todo, a assistência abrange cerca de 10 mil pessoas diretamente afetadas no município e 16 mil em todo o estado, considerando as outras 13 cidades atingidas no Paraná.


Recursos e reconhecimento da calamidade

O governo federal repassou R$ 504 mil para apoiar o acolhimento emergencial de 2.200 pessoas em abrigos temporários — um no Centro de Convivência e outro em Laranjeiras do Sul.

O município teve a situação de calamidade pública reconhecida em caráter sumário no dia 8 de novembro, o que permitiu a liberação rápida de recursos e a atuação integrada de órgãos federais.

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