Mais de 7,4 mil ações integradas protegem os Yanomami, restauram áreas degradadas e fortalecem fiscalização ambiental na Amazônia
Por Karol Peralta
O Governo do Brasil alcançou um marco histórico na proteção da Terra Indígena Yanomami, aplicando R$ 500 milhões em prejuízo ao garimpo ilegal, resultado de mais de 7,4 mil ações integradas coordenadas pela Casa de Governo em Roraima. As operações vêm transformando o cenário da região e promovendo a recuperação de áreas degradadas pela mineração ilegal.
Desde março de 2024, com a abertura da Casa de Governo, o trabalho passou a priorizar o desmonte da estrutura logística do garimpo, com foco em fiscalização de pistas clandestinas, apreensão de combustíveis, embargo de áreas degradadas e prisão de envolvidos em atividades ilegais. Até o momento, já foram 504 pistas de pouso inspecionadas, 47 áreas embargadas e R$ 11,9 milhões em multas aplicadas, contribuindo para o total de prejuízo de R$ 500 milhões ao garimpo.
O diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, destacou:
“Essas ações não representam apenas a destruição de equipamentos usados no garimpo, mas a recuperação de um território historicamente violado. O sufocamento financeiro das atividades criminosas garante a saúde, a dignidade e a cultura das comunidades indígenas.”
Fiscalização em três modais
O trabalho envolve operações no modal terrestre, aéreo e fluvial, dentro e fora da terra indígena. No interior do território, as Forças Armadas realizam ações de repressão e incursões noturnas para identificar atividades ilegais, localizar e destruir pistas clandestinas. Tubino alerta:
“O garimpo dentro de terras indígenas é crime e traz consequências profundas: rios contaminados por mercúrio, crianças com danos neurológicos, aldeias desestruturadas e florestas destruídas. A sobrevivência das comunidades e seus modos de vida ancestrais estão ameaçados.”
Acesso a serviços e recuperação da vida indígena
Mais do que combater crimes ambientais, o objetivo das operações é restaurar a autonomia dos Yanomami, garantir presença permanente de saúde e segurança e permitir que as comunidades retomem suas roças, tradições e o equilíbrio com a floresta. Com o encerramento da ADPF 709, o Governo reforça que as ações de proteção e combate ao garimpo não serão interrompidas, seguindo com plano de vigilância permanente e continuidade das ações humanitárias e ambientais.
Resultados e apreensões
Entre os resultados alcançados destacam-se:
- 138,8 kg de ouro
- 229,5 kg de mercúrio
- 178,3 kg de cassiterita
- 40.150 litros de gasolina
- 471 geradores e 1.745 motores, além de maquinários e armas de fogo apreendidos
Esses números demonstram que preservação da floresta e dos povos indígenas é também desenvolvimento sustentável, pautado no respeito à lei e valorização da vida.
Otimismo e futuro da Amazônia
A marca de R$ 500 milhões em prejuízo ao garimpo reforça a soberania brasileira sobre a Amazônia, protegendo o que há de mais essencial: a vida dos povos da floresta e o futuro das próximas gerações. O Brasil segue comprometido com ações que garantam meio ambiente preservado, comunidades indígenas seguras e desenvolvimento sustentável.
