Governo de São Paulo intensifica combate ao metanol e reforça segurança nas bebidas comercializadas

Com novo protocolo de análise e canal de denúncias no SP156, Estado acelera detecção de bebidas adulteradas e garante mais proteção ao consumidor

Por Karol Peralta

O Governo de São Paulo está reforçando a segurança alimentar e intensificando o combate ao metanol em bebidas comercializadas no Estado. Nesta quinta-feira (9), a Secretaria de Segurança Pública confirmou três novos casos de intoxicação, totalizando 23 ocorrências positivas. Apesar da gravidade dos casos, as ações de fiscalização e investigação têm se mostrado cada vez mais ágeis e eficazes, graças a um novo protocolo de detecção e análise de bebidas suspeitas, desenvolvido pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC).

Além de acelerar o tempo de resposta dos peritos, o protocolo permite identificar fraudes e contaminações com maior precisão, reduzindo o risco para a população. Até o momento, 148 casos seguem em investigação e 152 foram descartados, o que demonstra a eficiência crescente das análises.

🔬 Tecnologia e agilidade no combate à falsificação

O novo procedimento, validado em 30 casos recentes, torna o processo de investigação muito mais rápido. Agora, é possível determinar a segurança de um lote de bebidas com menos amostras analisadas, otimizando tempo e recursos.

Somente nesta quinta-feira, cerca de 600 volumes foram interditados em dois estabelecimentos na região do ABC paulista, além da apreensão de dezenas de garrafas que passarão por perícia. As bebidas ficam sob responsabilidade dos comerciantes até que o resultado das análises determine se há contaminação.

O protocolo estabelece um fluxo simplificado: as garrafas apreendidas passam primeiro pelo Núcleo de Documentoscopia, responsável por verificar lacres, selos, rótulos e embalagens, e em seguida são enviadas ao Núcleo de Química, onde é feita a análise do conteúdo — inclusive de garrafas ainda lacradas.

“Também são realizados outros exames para saber se a bebida é falsificada, porque pode ser que não tenha metanol, mas seja fruto de uma falsificação”, explicou a perita Karin Kawakami, assistente técnica da SPTC.

A inovação permite uma avaliação inicial em tempo recorde, garantindo mais eficiência na identificação de produtos adulterados e na proteção do consumidor.

📞 Canal rápido para denúncias: SP156

Em outra frente de ação, a Prefeitura de São Paulo lançou um canal direto de denúncias sobre bebidas suspeitas no serviço SP156, que reúne os principais mecanismos de atendimento ao cidadão.

Pelo portal sp156.prefeitura.sp.gov.br ou pelo telefone 156, qualquer pessoa pode registrar queixas, tirar dúvidas e solicitar informações sobre casos suspeitos de metanol em bebidas alcoólicas.

Segundo nota oficial, o objetivo é agilizar o atendimento à população e reforçar o combate à comercialização de produtos adulterados, especialmente após o aumento de notificações.

“A medida tem o objetivo de agilizar o atendimento à população e fortalecer o combate à venda e consumo de produtos adulterados, diante do aumento recente de notificações de intoxicação na cidade”, destacou o comunicado.

💪 Ações coordenadas e resposta rápida

A cidade de São Paulo concentra o maior número de casos e também as ações mais intensas de fiscalização, que envolvem a Polícia Civil, Vigilância Sanitária, Instituto de Criminalística e órgãos municipais.

Até o momento, três mortes confirmadas na capital foram relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas com metanol. Outros casos suspeitos seguem em análise. A prioridade das autoridades é identificar a origem dos produtos contaminados e evitar novas ocorrências, reforçando o controle de qualidade no comércio.

Mesmo diante dos desafios, as autoridades destacam o avanço significativo na capacidade de resposta, resultado da integração entre ciência, tecnologia e participação da população.

O combate ao metanol é, hoje, um exemplo de ação pública ágil, técnica e colaborativa, que reforça o compromisso do Estado de São Paulo com a saúde e segurança dos consumidores.

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