Governo anuncia medidas para reduzir o Custo Brasil e ampliar atração de investimentos estrangeiros

Após reunião no Planalto, Alckmin detalha ações como a Janela Única de Investimentos, novos acordos comerciais e avanços na redução do tarifaço, iniciativas que buscam fortalecer o comércio exterior e impulsionar exportações.

Por Karol Peralta

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, apresentou na segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, um conjunto de medidas para reduzir o Custo Brasil, ampliar a entrada de investimentos estrangeiros e fortalecer o comércio exterior, após reunião com secretários estaduais de Desenvolvimento.

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, detalhou as ações do Governo do Brasil para impulsionar a competitividade nacional e ampliar a entrada de capital estrangeiro no país. As medidas foram anunciadas após encontro com secretários estaduais de Desenvolvimento, realizado nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, com foco na expansão do comércio exterior e na integração entre governo federal, estados e municípios.

Durante entrevista coletiva, Alckmin destacou a criação da Janela Única de Investimentos, plataforma que reúne informações e serviços em um único ambiente digital. Segundo ele, o sistema deve permitir economia de até R$ 50 bilhões ao reduzir burocracias, facilitar a tomada de decisão e tornar o ambiente de negócios mais transparente. O primeiro módulo será lançado em fevereiro de 2026.

Além da nova ferramenta, o governo também já opera o Monitor de Investimentos, plataforma desenvolvida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para acompanhar projetos e integrar ações entre estados e União.

Promoção das exportações

Durante o encontro, foram apresentados os Planos de Promoção da Cultura Exportadora para sete estados: Pará, Pernambuco, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Amapá e Espírito Santo. As ações fazem parte da Política Nacional da Cultura Exportadora, que busca preparar empresas brasileiras para disputar mercados internacionais.

Alckmin reforçou que a articulação entre União, estados e municípios é essencial para ampliar exportações. “Hoje não apenas vieram os secretários de estado, mas também o prefeito de Petrolina, representando a Frente Nacional de Prefeitos, peça importante para atrair investimentos”, disse.

Avanços contra o tarifaço

Outro ponto destacado foi o avanço nas negociações com os Estados Unidos em relação ao tarifaço, que encarecia a exportação de produtos brasileiros. Segundo Alckmin, 238 itens foram retirados da taxação adicional, o que representa 11% da exportação brasileira afetada pela medida. O presidente em exercício classificou o avanço como essencial para recuperar competitividade no mercado norte-americano.

Financiamento e infraestrutura

A reunião também tratou da linha de financiamento de R$ 11 bilhões oferecida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investimentos em infraestrutura logística, inovação, desenvolvimento regional e comércio exterior. Paraná e Tocantins já assinaram contratos, enquanto outros estados estão em fase de tramitação para adesão.

Recorde nas exportações

Alckmin também destacou o desempenho positivo das exportações brasileiras em 2025. De janeiro a outubro, o país exportou US$ 289,7 bilhões, crescimento de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em outubro, o aumento foi de 9,1%. Os principais destinos incluem China, Canadá, Argentina e União Europeia.

Dados do Banco Central indicam avanço também nos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED). Em 2024, o Brasil recebeu US$ 71,1 bilhões, aumento de 13,8% sobre 2023. Em 2025, até setembro, o volume já soma US$ 63,3 bilhões.

Acordos comerciais em expansão

O presidente em exercício também comentou o processo de retomada dos acordos internacionais do Mercosul, que ficou mais de uma década sem novas pactuações. Desde 2023, o bloco fechou o acordo Mercosul–Singapura e, neste ano, concluiu o tratado com a EFTA, formada por Noruega, Suíça, Liechtenstein e Islândia.

Alckmin ainda reafirmou o anúncio de que, em 20 de dezembro, será assinado o acordo Mercosul–União Europeia, considerado o mais amplo já negociado pelo bloco. O pacto envolverá mais de 700 milhões de pessoas e um PIB conjunto de US$ 22 trilhões.

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