Gestantes ao volante: Abramet alerta para riscos e orienta cuidados durante a gravidez e o puerpério

Sintomas como náuseas, vertigens e câimbras podem comprometer a atenção no trânsito;especialistas recomendam pausas frequentes, uso correto do cinto de segurança e cautela no retorno após o parto

Por Karol Peralta

O início da gestação costuma ser marcado por sintomas como vertigens, náuseas, vômitos, cansaço e sonolência. Com a evolução da gravidez, podem surgir ainda edemas, câimbras e contrações abdominais, fatores que comprometem a concentração necessária para conduzir um veículo. O alerta foi feito pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) durante o 16° Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, realizado em Salvador.

A obstetra Lilian Kondo, membro da comissão científica da Abramet, destacou que tanto a gravidez quanto o período do puerpério exigem maior atenção das mulheres ao assumir o volante. Segundo ela, os sintomas podem representar riscos adicionais no trânsito e, por isso, recomenda-se cautela redobrada.

Recomendações para gestantes motoristas

De acordo com a especialista, entre as principais medidas de segurança estão:

  • Evitar trajetos longos, que podem aumentar o desconforto;
  • Parar o veículo em caso de mal-estar e, se necessário, pedir ajuda;
  • Programar pausas frequentes para se alongar e movimentar o corpo;
  • Utilizar meias de compressão em viagens com duração superior a quatro horas;
  • Usar corretamente os equipamentos de segurança.

Nesse último ponto, a médica reforça a importância do ajuste adequado do banco e do cinto de segurança. O ideal é afastar o banco do volante o máximo possível, sem comprometer o controle do carro. Já o cinto deve ser posicionado corretamente: a faixa subabdominal deve ficar abaixo da barriga, nunca sobre ela, e a faixa diagonal deve passar lateralmente ao útero.

Direção no puerpério

No caso de mulheres no pós-parto, Lilian Kondo explica que não há prazo universalmente definido para o retorno à direção. Em alguns países, a orientação é aguardar de duas a seis semanas, mas a decisão deve considerar a condição física e emocional da mãe.

“A condição essencial é que a mulher esteja fisicamente e emocionalmente apta, sem estar sob uso de medicamentos que possam comprometer a condução”, reforçou a especialista.

Alerta para segurança no trânsito

O posicionamento da Abramet reforça a necessidade de atenção e prevenção para garantir a segurança tanto das gestantes quanto dos demais motoristas e pedestres. Os cuidados recomendados são simples, mas podem reduzir riscos e evitar acidentes.

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