Fifa define pausas obrigatórias para hidratação na Copa do Mundo de 2026

Nova regra determina interrupções de três minutos aos 22 minutos de cada tempo, mesmo sem calor extremo, para reduzir estresse térmico e melhorar segurança dos jogadores.

Por Karol Peralta

A Fifa anunciou que todos os jogos da Copa do Mundo de 2026 terão pausas obrigatórias de três minutos para hidratação no meio de cada tempo, independentemente das condições climáticas. A medida, segundo a entidade, busca padronizar os procedimentos e reduzir riscos relacionados ao estresse térmico durante o torneio.

A interrupção ocorrerá aos 22 minutos de cada período, quando os árbitros deverão parar a partida para que os atletas possam se reidratar. Antes, a pausa só era acionada aos 30 minutos e apenas quando a temperatura ultrapassava 31 graus Celsius.

De acordo com Manolo Zubiria, diretor de torneios da Copa do Mundo nos Estados Unidos, a nova determinação será aplicada “em todos os jogos, independentemente do local, da cobertura ou da temperatura”. O objetivo é simplificar a regra e dar mais previsibilidade às equipes e às transmissões.

Zubiria destacou que a pausa poderá sofrer ajustes em casos específicos, como ocorrências de lesão. Se um atendimento estiver em andamento no momento da parada oficial, o procedimento será adaptado pelo árbitro.

A decisão vem após um ano marcado por preocupações relacionadas ao calor extremo. Na Copa do Mundo de Clubes de 2025, disputada nos EUA, diversos jogos começaram à tarde sob temperaturas elevadas, o que acendeu alertas entre especialistas e entidades esportivas.

Relatório divulgado por Football for the Future, Common Goal e Jupiter Intelligence apontou que 10 das 16 sedes da Copa de 2026, espalhadas pelos Estados Unidos, México e Canadá, apresentam risco elevado de condições climáticas extremas que podem afetar diretamente o desempenho e a saúde dos jogadores.

Segundo a Fifa, a nova regra faz parte de um movimento maior para criar ambientes mais seguros e adequados ao esporte de alto rendimento. A entidade afirma que a decisão foi pautada nas experiências recentes de torneios internacionais e nas recomendações de especialistas em desempenho e saúde esportiva.

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