Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso preventivamente por ordem do STF

Moraes cita risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e aglomeração em vigília convocada por Flávio Bolsonaro

Por Karol Peralta

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22) após cumprimento de mandado de prisão preventiva emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob alegação de risco à ordem pública.


Na decisão que determinou a prisão, o ministro Moraes argumenta que a convocação de uma vigília religiosa por parte do senador Flávio Bolsonaro poderia gerar “tumulto” e até facilitar uma eventual tentativa de fuga do ex-presidente.

Além disso, houve registo de violação da tornozeleira eletrônica, segundo o despacho.

A Polícia Federal cumpriu o mandado preventivo nas primeiras horas da manhã e levou Bolsonaro para a Superintendência da PF no Distrito Federal.

Moraes também determinou que será realizada uma audiência de custódia por videoconferência no domingo (23), além de impor atendimento médico integral ao ex-presidente durante a prisão.

Outro ponto da decisão é que todas as visitas a Bolsonaro devem ser previamente autorizadas pelo STF, com exceção das realizadas por advogados e pela equipe médica que o acompanha.

A defesa do ex-presidente havia pedido a concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando que Bolsonaro tem doenças permanentes que exigem acompanhamento médico intenso.

Bolsonaro foi condenado pelo STF à pena de 27 anos e três meses de prisão no âmbito da trama golpista conhecida como “Núcleo 1”.

Desde 4 de agosto, ele cumpria prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica. Entre as restrições anteriores, estavam a proibição de contato com embaixadas, autoridades estrangeiras e o uso de redes sociais, inclusive por terceiros.

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