Espaço Reconecta: Inovação da Águas Guariroba transforma resíduos em recursos e redefine práticas de sustentabilidade corporativa
Com tecnologia, engajamento humano e foco em economia circular, a concessionária cria o Espaço Reconecta uma estação de reaproveitamento de peças que une sustentabilidade, eficiência operacional e consciência ambiental.
Foto: Edgar Marinho
Por Karol Peralta
Em tempos em que a sustentabilidade é mais do que uma meta, mas uma necessidade global, a Águas Guariroba dá um passo à frente ao criar o Espaço Reconecta, uma estação dedicada à coleta, triagem e reciclagem de peças e materiais reutilizáveis. A iniciativa, que combina inovação tecnológica e responsabilidade ambiental, tem gerado resultados expressivos, como economia mensal estimada em R$ 8 mil e significativa redução do volume de resíduos destinados ao descarte.
O projeto nasceu da observação sensível e da vontade de transformar o descarte em oportunidade, conforme explica Raphael de Paula, coordenador de Cadastro e Programação de Serviços da empresa.
“Tudo começou com a percepção de que peças hidráulicas ainda em bom estado estavam sendo descartadas”, relata Raphael. “Era um desperdício de recursos reutilizáveis e, ao mesmo tempo, um impacto ambiental desnecessário. Decidimos agir.”
Assim nasceu o Espaço Reconecta, uma iniciativa inédita dentro da concessionária, com o objetivo de transformar resíduos em recursos e consolidar uma cultura de economia circular. O projeto faz parte da política de sustentabilidade da empresa e se tornou um modelo interno de inovação ambiental.
♻️ Transformando cultura, não apenas materiais
Foto: Edgar Marinho
Para Raphael, o Reconecta é mais do que uma estação de reaproveitamento é um laboratório vivo de consciência ecológica.
“O projeto está totalmente alinhado aos compromissos ambientais e sociais da Águas Guariroba. Ele reduz o impacto dos resíduos sólidos, economiza matérias-primas e incentiva práticas sustentáveis entre os colaboradores. Mais do que isso, cria uma cultura interna de responsabilidade ecológica”, afirma.
Desde que o Reconecta começou a operar, a empresa observa redução significativa de custos com novas aquisições e menor volume de descarte.
“Hoje já registramos uma economia média de R$ 8 mil por mês, e esse número tende a crescer à medida que aprimoramos os processos”, destaca o coordenador.
🌍 Educação ambiental e engajamento coletivo
O Reconecta também exerce um papel educativo. A equipe promove campanhas internas e treinamentos técnicos que estimulam o olhar sustentável entre os colaboradores.
“Cada pessoa tem um papel ativo no processo da triagem à limpeza, do teste ao cadastramento das peças reaproveitadas”, explica Raphael. O impacto humano é visível.
“Os colaboradores demonstram satisfação ao ver materiais que antes eram descartados voltando a ter utilidade. Isso gera pertencimento e orgulho”, ressalta.
🔧 Como funciona o Reconecta
O processo é minucioso e tecnológico. As peças retiradas das instalações são depositadas em uma caçamba exclusiva no espaço, onde passam por triagem detalhada.
“As peças em boas condições são limpas, testadas e cadastradas em um sistema eletrônico de controle. Já as inaptas são encaminhadas à reciclagem ou ao descarte correto”, detalha Raphael.
Foto: Edgar Marinho
Entre os materiais mais comuns estão porcas, tubetes e conexões Pead. No entanto, as juntas Gibault, de ferro fundido, se tornaram símbolo do projeto.
“Essas peças, antes descartadas por pequenos defeitos, hoje são reaproveitadas após simples reparos. Isso eliminou o desperdício e gerou economia significativa”, conta o coordenador.
Foto: Edgar Marinho
É no dia a dia do Reconecta que o trabalho ganha forma. João Cóvis, assistente técnico da Águas Guariroba, acompanha de perto cada etapa e explica como o processo acontece na prática:
“Esse espaço aqui é pra dar nova vida aos materiais que iam ser rejeitados e jogados fora. A gente faz uma triagem pra reaproveitar o que dá, contribuindo com o meio ambiente e com a própria empresa. Assim, os equipamentos voltam pra uso sem custo extra. Tudo é pesado, catalogado e colocado nas prateleiras, e já temos várias toneladas reaproveitadas”, explica João.
Ele destaca que o Reconecta também é um espaço de aprendizado e criatividade. “A gente faz os testes, lava as peças, separa o que dá pra voltar pro campo e o que vai pra doação ou reciclagem. Tem até engenheiro florestal ajudando a organizar a área, e um colega aproveitou hidrômetros antigos pra fazer luminárias de LED. É uma forma de mostrar que dá pra reutilizar tudo, desde que haja vontade e consciência”, acrescenta.
Foto: Edgar Marinho
Para João, o principal objetivo é proteger o meio ambiente e dar utilidade ao que antes era descartado.
“O mais importante é dar vida aos materiais que iam pro lixo. Hoje, a gente vê o quanto é essencial cuidar da natureza, e isso também traz orgulho pra quem trabalha aqui”, conclui.
💡 Desafios e tecnologia como aliadas
A implantação da estação não foi simples. “O maior desafio foi estruturar um processo de triagem rigoroso e criar um sistema digital de controle eficiente. Para isso, investimos em capacitação técnica e conscientização contínua”, explica Raphael.
A tecnologia se tornou essencial para garantir transparência e rastreabilidade. O controle das peças é feito via aplicativo próprio, integrado ao Power BI, que atualiza diariamente as informações sobre produtividade, materiais reaproveitados e fotos das peças.
“Esse sistema permite auditar cada etapa do processo. Ele garante precisão nos dados, reduz perdas e dá 100% de transparência ao quantitativo de material recuperado”, afirma o coordenador.
O próximo passo é o desenvolvimento de um aplicativo mais completo de controle de estoque, capaz de mensurar a quantidade de materiais reaproveitados em toneladas e calcular a redução de carbono obtida com a prática.
“A ideia é integrar o sistema ao almoxarifado, elevando a eficiência e ampliando a rastreabilidade”, revela Raphael.
Foto: Edgar Marinho
🔄 Eficiência que inspira
Além da economia direta, o Reconecta trouxe ganhos operacionais expressivos. “Houve padronização de processos, melhoria no controle de estoque, rastreabilidade e comunicação mais eficiente entre as áreas”, pontua Raphael. O modelo de baixo custo e impacto positivo despertou o interesse de replicação. “O Reconecta tem potencial para ser aplicado em outras unidades e concessionárias. É um exemplo de que sustentabilidade e eficiência podem andar juntas.”
🌿 Inovação e sustentabilidade: uma lição diária
A experiência do Reconecta deixa um aprendizado valioso: inovar é também cuidar.
“A união entre tecnologia e sustentabilidade mostra que é possível reduzir custos e impactos ambientais, ao mesmo tempo em que se promove conscientização e eficiência. Essa integração impulsiona uma cultura de inovação ecológica, capaz de transformar o dia a dia da operação e a mentalidade corporativa”, conclui Raphael de Paula.
Mais do que um projeto, o Espaço Reconecta representa um novo olhar sobre o futuro, onde cada peça reaproveitada simboliza não apenas economia, mas também respeito ao meio ambiente e compromisso com as próximas gerações.