Durante a Semana de Enfrentamento ao Bullying, história de mãe campo-grandense reforça a importância da informação, do diagnóstico correto e do tratamento adequado para transformar dor em aprendizado

Por Karol Peralta
Durante a Semana de Enfrentamento ao Bullying, a história de Juliana Andrade da Silva, de 40 anos, ganha destaque por mostrar como o diagnóstico precoce do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) pode transformar a vida de uma criança e sua família. Após anos de dificuldades e incompreensão, o filho de Juliana, hoje com nove anos, conseguiu superar episódios de bullying escolar e reencontrar a autoconfiança.
Juliana conta que os primeiros sinais surgiram quando o filho tinha apenas três anos. “Ele era muito nervoso, explosivo, tanto em casa quanto com outras crianças. Achei que fosse apenas uma fase”, relembra. O comportamento começou a preocupar ainda mais aos sete anos, durante um momento delicado de separação familiar, quando ela decidiu buscar ajuda profissional.

Foi então que um especialista sugeriu uma avaliação com o apoio da neurometria, exame que analisa a atividade elétrica do cérebro e auxilia no diagnóstico de transtornos de atenção e comportamento. “O exame revelou exatamente o que estava acontecendo. Foi como acender uma luz. Conseguimos compreender o que ele sentia, oferecer o tratamento adequado e restabelecer a harmonia em casa”, relata emocionada.
O menino foi um dos primeiros pacientes do psicólogo e neurocientista Jefferson Luís Azevedo Morel a receber o diagnóstico com suporte da neurometria. O tratamento combinou acompanhamento psicológico e médico, permitindo uma evolução significativa. “Hoje ele está mais tranquilo, confiante e feliz. O diagnóstico não foi um rótulo, foi um recomeço”, destaca Juliana.

Diagnóstico certo, menos sofrimento
Antes de descobrir o TDAH, a família recebeu diagnósticos equivocados, o que atrasou o tratamento e agravou os desafios emocionais algo comum, segundo o Dr. Jefferson Morel. “A neurometria oferece uma compreensão objetiva do funcionamento cerebral. Isso é essencial para definir o tratamento adequado e evitar erros que prolongam o sofrimento da criança e da família”, explica o especialista.
Além da melhora clínica, o diagnóstico correto foi decisivo para combater o bullying escolar que o menino sofria. “Quando a escola e a família compreendem o que está por trás das atitudes da criança, é possível acolher, e não rotular. É assim que se combate o bullying de forma real e efetiva”, reforça o neurocientista.
Juliana faz um alerta a outros pais: “Prestem atenção nos sinais. Às vezes, o que parece desobediência é um pedido de ajuda. O diagnóstico do meu filho foi um divisor de águas trouxe entendimento, empatia e amor renovado.”
Entenda o que é o bullying
O bullying é caracterizado por comportamentos agressivos, intencionais e repetidos que buscam humilhar ou intimidar uma pessoa ou grupo. No ambiente escolar, as consequências podem incluir ansiedade, depressão, baixa autoestima e até estresse pós-traumático.
Os impactos ultrapassam a vítima: o bullying compromete o clima escolar, estimula a cultura da violência e do silêncio e prejudica o aprendizado e a convivência. Por isso, o diálogo e o acolhimento entre famílias, professores e alunos são essenciais para quebrar o ciclo e construir ambientes mais empáticos e saudáveis.





