Desemprego de longa duração cai no Brasil e número de pessoas em busca de trabalho atinge mínimas históricas

Pnad Contínua mostra redução em todas as faixas de tempo de procura por emprego no 3º trimestre de 2025

Por Karol Peralta

O Brasil registrou uma redução expressiva no número de pessoas em busca de emprego em todas as faixas de tempo de procura no terceiro trimestre de 2025, segundo a Pnad Contínua, do IBGE. O contingente de trabalhadores que estavam há dois anos ou mais tentando uma vaga caiu 17,8%, enquanto a procura de menos de um mês recuou 14,2% no período.

O mercado de trabalho brasileiro apresentou uma melhora significativa no terceiro trimestre de 2025. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, todas as faixas de tempo de procura por emprego registraram queda no número de desocupados.

O destaque está no contingente de trabalhadores que buscavam emprego há dois anos ou mais, que diminuiu 17,8% em relação ao mesmo trimestre de 2024, o menor nível desde 2014. A redução também se repetiu entre aqueles que procuram ocupação por um período de um mês a menos de um ano, que atingiram o menor patamar já registrado desde o início da série histórica, em 2012.

O levantamento mostra ainda que o número de pessoas que estão há menos de um mês tentando entrar no mercado caiu 14,2% na comparação anual. Já o grupo que busca uma oportunidade há um a menos de dois anos recuou 11,1%, também alcançando um recorde de baixa.

Esse recuo amplo no contingente de desocupados ocorre em um cenário no qual o país atingiu taxa nacional de desocupação de 5,6%, anunciada no final de outubro, a menor da série histórica iniciada em 2012. Para especialistas, o movimento indica uma melhora gradual no ritmo de contratações e na absorção de mão de obra.

Como os dados são coletados

A Pnad Contínua avalia o comportamento do mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e considera todas as formas de ocupação, incluindo trabalho com e sem carteira assinada, atividades temporárias e serviços por conta própria. Pelo critério do IBGE, só entra na estatística como desocupado quem procurou emprego efetivamente nos 30 dias anteriores à entrevista.

A pesquisa visita 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal, o que permite traçar um panorama detalhado do mercado de trabalho brasileiro.

Divisão por tempo de procura

Segundo o IBGE, o contingente de desocupados foi distribuído da seguinte maneira no terceiro trimestre de 2025:

  • Menos de um mês: 1,1 milhão de pessoas (-14,2%), menor número desde 2015.
  • Um mês a menos de um ano: 3 milhões de pessoas (-12,2%), menor contingente já registrado.
  • Um a menos de dois anos: 666 mil trabalhadores (-11,1%), também recorde de baixa.
  • Dois anos ou mais: 1,2 milhão de pessoas (-17,8%), menor nível desde 2014.

A faixa de um mês a menos de um ano concentra mais da metade dos desocupados do país (50,8%). No extremo oposto, aqueles que procuram trabalho há dois anos ou mais representam 19,5%, o menor percentual desde 2015.

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