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Desemprego cai para 6,6% e atinge menor índice da série histórica, aponta IBGE

Mais de 103 milhões de brasileiros estão ocupados, com recorde de empregos com carteira assinada e queda na informalidade, segundo dados da PNAD Contínua

Por Karol Peralta

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,6% no trimestre encerrado em abril de 2025, o menor índice para o período desde o início da série histórica da PNAD Contínua Mensal, em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa estabilidade em relação ao trimestre anterior (6,5%) e uma queda de quase um ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2024, quando a taxa era de 7,5%.

Além da queda na taxa de desocupação, os números mostram um mercado de trabalho mais robusto: mais de 103 milhões de brasileiros estavam ocupados no período, patamar estável frente ao trimestre anterior e 2,4% maior que em 2024, o que representa 2,5 milhões de pessoas a mais trabalhando.

Recorde de trabalhadores com carteira assinada

O estudo também revelou um dado positivo no mercado formal: o número de empregados com carteira assinada no setor privado chegou a 39,6 milhões, o maior da série histórica. O crescimento foi de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% em comparação a 2024.

Os dados reforçam os números do Novo CAGED, que apontaram em abril o melhor resultado desde 2020, com saldo de 257 mil vagas formais. No acumulado do ano, já são 922 mil empregos com carteira assinada criados.

Desocupação e informalidade em queda

Outro indicador relevante é a subutilização da força de trabalho, que caiu para 15,4%, dois pontos percentuais abaixo da registrada no mesmo período do ano anterior. Em números absolutos, 7,3 milhões de brasileiros estavam desocupados entre fevereiro e abril de 2025 — bem abaixo dos 8,2 milhões registrados em 2024.

A taxa de informalidade também recuou, atingindo 37,9% da população ocupada — o equivalente a 39,2 milhões de trabalhadores informais. Em 2024, esse índice era de 38,7%. “O mercado de trabalho com níveis baixos de subutilização naturalmente impulsiona as contratações formalizadas, já que a mão de obra mais qualificada busca melhores condições”, destacou William Kratochwill, analista da pesquisa.

Setores que mais cresceram

Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, cinco setores ampliaram o número de trabalhadores:

  • Indústria Geral: crescimento de 3,6% (+471 mil pessoas);
  • Comércio e reparação de veículos: alta de 3,7% (+696 mil);
  • Transporte, armazenagem e correio: aumento de 4,5% (+257 mil);
  • Informação, comunicação e atividades profissionais: crescimento de 3,4% (+435 mil);
  • Serviços públicos e sociais (educação, saúde, segurança): 4,0% (+731 mil).

Em contrapartida, o setor de agropecuária e pesca foi o único a apresentar queda, com redução de 4,3%, o que representa menos 348 mil trabalhadores.

Rendimento real em alta e massa salarial recorde

O rendimento médio real habitual dos brasileiros ficou em R$ 3.426, crescimento de 3,2% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Já a massa de rendimento real habitual, que soma os ganhos de todos os trabalhadores, chegou a R$ 349,4 bilhões, novo recorde histórico. Isso representa uma alta de 5,9% no período, ou R$ 19,5 bilhões a mais na economia.

Segundo Kratochwill, o aumento se deve à combinação entre estabilidade na ocupação e melhora na qualidade dos empregos, com destaque para o avanço dos postos com carteira assinada tanto no setor privado quanto no público.

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