Deputado Zeca do PT solicita investigação sobre despejo irregular de vinhaça pela Usina Raízen, que ameaça a saúde de moradores e o meio ambiente em Mato Grosso do Sul

Por Karol Peralta
Em sessão ordinária realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), na última quinta-feira (25), o deputado estadual Zeca do PT apresentou uma indicação solicitando investigações urgentes contra a Usina Raízen, localizada na Fazenda Passatempo, em Rio Brilhante.
A denúncia parte de relatos de agricultores familiares e moradores próximos à usina, que afirmam que a empresa vem despejando resíduo líquido sem tratamento e com mau cheiro, conhecido como vinhaça, nas margens da rodovia MS-455, também chamada de “Estrada da Gameleira”.
Segundo os moradores, o despejo tem causado grande transtorno e impactado diretamente o meio ambiente local, configurando uma grave violação ambiental e risco à saúde pública.
“Conforme as imagens gravadas em denúncia dos agricultores familiares da região, a Usina vem realizando o despejo indiscriminado de vinhaça, líquido obtido a partir do processamento da cana-de-açúcar. A prática vem causando sérios transtornos às famílias que residem nos assentamentos próximos à usina, em razão do forte odor proveniente do resíduo, prejudicando a qualidade de vida da população local e levando sérios riscos à saúde e ao meio ambiente da região”, declarou o parlamentar.
A indicação apresentada por Zeca do PT foi fundamentada em ofício enviado pela vereadora Edilaine Tavares (PT), de Sidrolândia, que reforça o descontentamento dos agricultores familiares moradores de assentamentos próximos à usina.
“Mais uma denúncia, mais uma vergonha, mais um exagero da fazendeirada que não se compadece com a saúde do povo e quer lucrar a qualquer custo. Precisamos de investigações urgentes por parte dos órgãos competentes, com as devidas medidas para punição aos responsáveis por este crime ambiental”, acrescentou Zeca do PT.
O deputado encaminhou oficialmente o pedido de investigação ao procurador-geral de Justiça de Mato Grosso do Sul, Romão Ávila Milhan Junior, ao diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), André Borges, e ao comandante da Polícia Militar Ambiental, coronel José Carlos Rodrigues.
As autoridades agora têm a responsabilidade de apurar os fatos, tomar as medidas cabíveis e garantir que práticas ilegais que ameaçam o meio ambiente e a saúde da população sejam devidamente punidas.





