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Criminosos usam drones para lançar drogas, celulares e armas em presídios de MS; número de apreensões já supera anos anteriores

Presídios de Mato Grosso do Sul enfrentam onda de arremessos ilegais por drones; somente em 2025, oito equipamentos já foram apreendidos com entorpecentes, celulares e até armas.

Por Karol Peralta

O sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul enfrenta um novo desafio tecnológico: o uso de drones por criminosos para arremessar drogas, celulares, armas brancas e bebidas alcoólicas dentro dos presídios. Em 2025, somente no primeiro semestre, oito drones foram apreendidos em Campo Grande, segundo a Polícia Militar.

📊 O número já representa mais da metade das apreensões de todo o ano de 2024, quando 14 drones foram interceptados. As ações criminosas têm se intensificado, com equipamentos sofisticados operados por quadrilhas organizadas.

“São drones de nível A, bem reforçados para levantar voo e arremessar não só drogas, mas também bebidas, celulares, armas brancas. O crime inventa formas de burlar a lei, mas estamos sempre atuantes”, afirmou o tenente-coronel Guilherme Lopes, do 9º Batalhão da PM.


📡 Operação coordenada

A logística envolve dois ou mais criminosos: um operador do drone e um olheiro que monitora a presença policial. Muitas vezes, os drones são escondidos em áreas de mata ou em casas vizinhas aos presídios. Há relatos da participação de menores de idade e moradores de regiões periféricas.

Os objetos arremessados são envoltos em espumas para evitar danos com o impacto. A estratégia é silenciosa e rápida, dificultando a interceptação pelos agentes de segurança.


🏢 A situação na Segurança Máxima

O presídio de segurança máxima de Campo Grande, que abriga mais de 2 mil detentos, tem sido um dos principais alvos. A Polícia Penal atua na parte interna da unidade, enquanto a Polícia Militar faz o patrulhamento externo.

Na última semana, duas tentativas foram frustradas. Em uma delas, três homens e uma mulher foram presos em flagrante por porte ilegal de arma, tráfico de drogas e favorecimento real. Em outra ocorrência, um homem armado foi baleado e morto pelo Batalhão de Choque ao tentar lançar drogas e celulares com um drone.


🛡️ Medidas de segurança e demandas

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que unidades como o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho estão passando por telamento — uma malha metálica que impede o pouso de drones nos pátios.

As penitenciárias Gameleiras, por exemplo, já contam com essa proteção, o que teria contribuído para a redução nas ocorrências.

“Com a presença da Polícia Penal nas muralhas, os arremessos manuais deixaram de acontecer. Os criminosos agora tentam usar drones, mas temos um trabalho integrado com a PM para interceptar esses equipamentos”, destaca nota da Agepen.

📹 A agência também investe em câmeras de vigilância e vistorias frequentes nas celas, além da ampliação do trabalho conjunto entre Polícia Penal e Polícia Militar.

Já o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinsap) cobra mais efetivo, instalação de novas telas metálicas e reforço na vigilância das muralhas, especialmente diante do crescimento da população carcerária, que hoje passa de 23 mil detentos, sendo 35% por tráfico de drogas.

O avanço do crime com uso de tecnologia impõe novos desafios à segurança pública e ao sistema prisional de Mato Grosso do Sul. A união entre forças policiais e investimentos em infraestrutura são essenciais para combater essa prática que literalmente “voa sobre a lei”.

As apreensões mostram que as autoridades estão atentas, mas a disputa entre o crime e a vigilância estatal continua — agora, também pelos ares.

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