
Por Karol Peralta
O comércio exterior brasileiro segue em ritmo positivo em 2025. De janeiro até a segunda semana de junho, a corrente de comércio — que soma exportações e importações — atingiu a marca de US$ 275,4 bilhões, com saldo positivo de US$ 27,5 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (17) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Somente na segunda semana de junho, o país registrou superávit de US$ 1,2 bilhão, com exportações de US$ 7,5 bilhões e importações de US$ 6,2 bilhões, totalizando uma corrente de comércio semanal de US$ 13,7 bilhões.
Balanço parcial de junho
No acumulado do mês, até a segunda semana, as exportações somaram US$ 14,523 bilhões e as importações US$ 11,416 bilhões, gerando um saldo positivo de US$ 3,107 bilhões. A corrente de comércio no mês já alcança US$ 25,939 bilhões.
Em termos de média diária, a corrente de comércio está em US$ 2,6 bilhões, e o saldo diário médio é de US$ 310,74 milhões — um crescimento de 1,5% em comparação com o mesmo período de junho de 2024.
Exportações e importações por setor
No comparativo com junho de 2024, o setor de Indústria de Transformação foi o destaque positivo nas exportações, com crescimento de 8,7% (acréscimo de US$ 61,99 milhões por dia). Já os setores de Agropecuária e Indústria Extrativa apresentaram queda de 6,7% cada.
Nas importações, houve crescimento de 1,9% na Agropecuária (aumento diário de US$ 0,45 milhão) e de 3,3% na Indústria de Transformação (US$ 33,99 milhões a mais por dia). A Indústria Extrativa, no entanto, teve uma queda expressiva de 20,7% (menos US$ 12,39 milhões por dia).
Panorama geral
Apesar das oscilações setoriais, os números mostram resiliência da economia brasileira no comércio exterior, especialmente com o bom desempenho da indústria nacional. O superávit acumulado de US$ 27,5 bilhões até junho reforça a posição do Brasil como potência exportadora em meio a um cenário internacional desafiador.
A expectativa, segundo o MDIC, é de que os bons resultados se mantenham no segundo semestre, especialmente com a recuperação de mercados internacionais e a ampliação de acordos comerciais.