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Corredor cultural da Rua 14 de Julho pode ser levado para a Avenida Calógeras

O corredor gastronômico e cultural que se tornou a Rua 14 de Julho pode ser expandido para outra via do centro de Campo Grande. O vereador Ronilço Guerreiro (PODE) apresentou um projeto de lei na Câmara de Vereadores, na sessão de quinta-feira (29), para que o modelo seja levado também para a Avenida Calógeras, no trecho entre a Avenida Mato Grosso e a Barão do Rio Branco. 

A Prefeitura de Campo Grande publicou, na última quarta-feira (28), a Lei n. 7.294, de 27 de agosto de 2024, que instituiu o Corredor Gastronômico, Turístico e Cultural na Rua 14 de Julho, entre a Rua Marechal Rondon e a Av. Mato Grosso.

“Eu vislumbro aquele lugar [Avenida Calógeras] como um Pelourinho, casas coloridas, shows, espetáculos, músicas, teatro, literatura porque nos lugares onde não tem atrativos culturais a violência vira espetáculo. Precisamos fazer ocupação cultural no centro”, afirmou o vereador.

Vale lembrar que a Avenida Calógeras foi, décadas atrás, o “coração” comercial do centro de Campo Grande, como alguns comerciantes já relembraram neste especial do Midiamax. A via era a atual Rua 14 de Julho, mas com o passar dos anos foi “esquecida”, reunindo casarões e vários prédios fechados. Muitos dos que ainda mantém as portas abertas na Avenida Calógeras atualmente são comerciantes antigos que contam com uma clientela fiel.

Desconto no IPTU

O teste de fechamento da Rua 14 de Julho à noite aos fins de semana começou na última sexta-feira (23), no trecho entre as ruas Marechal Rondon e Antônio Maria Coelho. A iniciativa de abrir bares no local atraiu uma multidão que ocupou a rua que vinha amargando o fechamento de comércios, especialmente devido à alta do aluguel.

O resultado foram dezenas de lojas fechadas com placas de “alugue-se”. Agora o poder público quer trazer movimento para a região com a ideia do corredor cultural. 

Contudo, a lei que trata sobre a Rua 14 de Julho foi aprovada com veto da Prefeitura de Campo Grande no quarto artigo, que previa a possibilidade do executivo conceder desconto no IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana). O vereador Ronilço Guerreiro lamentou o veto nesse tópico e explicou que essa medida poderia ser regulamentada pela Prefeitura.

“Tem que dar um incentivo. Por que eu vou para o centro se o aluguel é caro? E para as pessoas poderem ir para o centro tem que ter aluguel mais barato. É um projeto que diz que a Prefeitura poderá dar desconto no IPTU para as pessoas que abrirem bares, lanchonetes, casas de show, de interesse cultural. Assim como ela oferece Refis (Programa de Recuperação Fiscal) e Prodes (Programa de Incentivos para Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande), poderia trabalhar em relação a isso”, sugeriu.

O vereador explicou que o veto tem 30 dias para voltar para a Casa de Leis e que deve procurar um diálogo com a prefeita Adriane Lopes para derrubar o veto.  

Fonte: Midiamax

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