Lojas da capital registram aumento na procura por produtos natalinos desde setembro; tendência é apostar em LEDs, laços grandes e cores tradicionais como o vermelho
Por Karol Peralta
As vitrines iluminadas e o brilho das árvores já anunciam que o Natal chegou mais cedo em Campo Grande. Em diversas lojas especializadas, o movimento de clientes começou ainda no final de setembro, e a expectativa é de que as vendas superem as do ano passado, impulsionadas pelo desejo das famílias de viver mais intensamente o clima natalino e renovar as decorações.
A comerciante Rosemar de Carvalho Macedo conta que, a cada ano, os consumidores buscam se antecipar mais para preparar suas casas. “O cliente tenta aproveitar o máximo possível dessa época, que é tão gostosa e simbólica. Além disso, os produtos natalinos têm um custo considerável, então muita gente prefere comprar com antecedência e montar tudo com calma”, explica.
Neste ano, os produtos de LED e pisca-pisca estão entre os mais procurados. “O Natal sem o pisca não é Natal. Tudo que tem brilho chama atenção. Trouxemos várias opções com luzes diferenciadas, e alguns modelos já esgotaram”, conta Rosemar, destacando que os consumidores demonstram preferência por itens luminosos e ornamentações tradicionais.
A artesã Zilmara Vasquez também se adiantou nas compras, mas com um propósito diferente: aproveitar o momento para empreender. Produzindo artigos manuais, ela aposta em uma nova tendência para 2025, os escapulários decorativos, que vêm substituindo as tradicionais guirlandas. “Vi na internet que o escapulário é tendência e resolvi investir. Já estou produzindo para vender neste fim de ano. É algo novo, mas acredito que vai agradar muito as clientes”, afirma.
Enquanto os consumidores antecipam suas compras, as lojas se preparam com meses de antecedência. A empresária Lara Calepso, proprietária da Milano, explica que a organização do Natal começa ainda em janeiro, quando são escolhidos os produtos e definidas as tendências da temporada. “A gente começa a curadoria logo no início do ano. Entre julho e agosto, os produtos chegam, e em setembro já iniciamos a montagem dos cenários. É um processo que leva mais de 50 dias, porque tudo é feito com muito cuidado”, relata.
Segundo Lara, a preparação envolve desde a montagem das árvores até a criação de ambientes temáticos. E, para 2025, as tendências de decoração prometem unir sofisticação e memória afetiva. “Os laços grandes, os adornos em cascata e as bolas gigantes estão em alta. São peças que dão imponência às árvores. Mas o tradicional vermelho e dourado continua sendo o preferido ele nunca sai de moda”, afirma.
A empresária também destaca o uso de frutas e especiarias nas decorações, elementos que remetem ao simbolismo natalino e têm agradado os clientes. “Romã, figo e maçã, por exemplo, trazem um toque de elegância e têm significados especiais. Incluímos essas referências em várias árvores e arranjos, e foi um sucesso”, comenta.
Para quem deseja montar uma decoração bonita, mas sem gastar muito, Lara garante que há boas opções. “Com fitas decorativas, flores artificiais e laços volumosos, é possível preencher a árvore de forma criativa e acessível. O importante é equilibrar cores e texturas e apostar no capricho. Uma árvore bem montada não precisa ser cara”, explica.
Além do aspecto comercial, Lara ressalta o valor emocional dessa época do ano. “O Natal vai muito além das vendas. É a magia, o encantamento que a decoração desperta. Ver uma criança entrar na loja e se emocionar é a melhor parte. Esse sentimento é o que faz tudo valer a pena”, reflete.
Com o comércio aquecido e o entusiasmo dos consumidores, a expectativa é otimista. “Cada ano tem suas dificuldades, mas o Natal é sempre a melhor época. A gente se prepara com carinho, acreditando que será um período de alegria e bons resultados”, completa Rosemar.
Em meio às luzes e cores, Campo Grande se transforma novamente. O Natal, com seu brilho familiar e suas tradições preservadas, renova não apenas vitrines e árvores, mas também a esperança acesa em cada pisca que ilumina a cidade.
