Evento na CUFA Campo Grande reúne comunidade para debater o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, com roda de conversa e homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus.

Por Karol Peralta
Nesta sexta-feira, dia 25 de julho, a CUFA Campo Grande será palco de uma ação especial em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A programação contará com uma roda de conversa sobre a importância da data e uma intervenção artística da muralista Erika Pedraza, que irá pintar um mural em homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus, símbolo de resistência da periferia e da potência feminina negra.
A atividade começa às 14h, na sede da Central Única das Favelas (CUFA), localizada na Rua Livino Godoy, 710, bairro São Conrado, em Campo Grande (MS). O evento é organizado pela ativista Romilda Pizani, em parceria com o Comitê Impulsor Estadual da Marcha Nacional das Mulheres Negras.
Com o tema “Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver”, a roda de conversa pretende reunir moradoras da região, lideranças e a comunidade para refletir sobre os desafios e as conquistas das mulheres negras no Brasil, promovendo memória, escuta coletiva e arte como forma de resistência.

A data e sua importância
O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi instituído em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana. Reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data simboliza a luta contra o racismo, o machismo e a discriminação vivida pelas mulheres negras em todo o mundo.
No Brasil, o 25 de julho também marca o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, oficializado pela Lei 12.987/2014. A data presta homenagem a Tereza de Benguela, importante líder quilombola que comandou o Quilombo do Quariterê e se tornou símbolo da resistência negra feminina.
Arte, representatividade e resistência
Com a intervenção artística de Erika Pedraza, a CUFA vai eternizar em seu espaço físico a imagem de Carolina Maria de Jesus, uma das primeiras escritoras negras do Brasil a ganhar projeção nacional. Autora do livro “Quarto de Despejo”, Carolina retratou a realidade das favelas e marcou a história da literatura com sua escrita crua, real e profundamente humana.
“Essa é uma ação que une tudo que acreditamos: arte, memória, resistência e protagonismo das mulheres negras. Queremos ocupar os espaços com nossas histórias e inspirar novas gerações”, afirmou a ativista Romilda Pizani.
📌 Serviço:
Roda de Conversa e Intervenção Artística – Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
📅 Quando: 25 de julho (sexta-feira), às 14h
📍 Local: CUFA – Rua Livino Godoy, 710, bairro São Conrado, Campo Grande (MS)
🎟️ Entrada gratuita